São Paulo, terça-feira, 20 de abril de 2010

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entrevista

Elogios a Messi são merecidos, afirma goleiro

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Diante do desafio de parar o melhor jogador do mundo, Messi, e o Barcelona, o goleiro Júlio César, 30, diz, em entrevista concedida à Folha por e-mail, que não se sente como o melhor da posição, que o futebol é feito de resultados e que o acidente de carro sofrido em fevereiro na Itália tornou-o mais forte.

 

FOLHA - Como parar o Barcelona e, mais especialmente, Messi?
JÚLIO CÉSAR
- É quase impossível de responder. Temos uma defesa excelente na Inter, mas Copa dos Campeões é dureza. Tem que considerar que somos a Internazionale de Milão, né? Somos um time que não gosta de perder, e essa fase tem gosto de final de campeonato. A gente vai fazer de tudo para ganhar.

FOLHA - A Inter tem a defesa forte, com três titulares do Brasil. É a realidade do futebol brasileiro, a defesa como o ponto forte do país? O que acha de quem critica o time por não jogar de forma vistosa, apesar de ser vitorioso?
JÚLIO CÉSAR
- Não, eu não acho que só a defesa seja o ponto forte, mas acho que a defesa cresceu muito em qualidade, o que faz o setor ser mais valorizado. Agora, sobre a forma de a seleção jogar, eu acho que a própria pergunta já responde. Críticas vão sempre existir, mas futebol se faz com resultado.

FOLHA - Você ficou desgostoso com os elogios do presidente Lula ao Messi. O que diz dos brasileiros que têm elogiado Messi e que talvez torçam por ele contra a Inter?
JÚLIO CÉSAR
- O Messi está sendo elogiado porque tá jogando muito. E cada um pode torcer para quem quiser, só não contra o Brasil, né?

FOLHA - Você tem sido apontado por muitos como o melhor goleiro do mundo. Sente-se assim?
JÚLIO CÉSAR
- Não me sinto o melhor do mundo. Tem muitos goleiros excelentes com quem eu aprendo muito. Sinto que eu melhorei muito de uns anos para cá, mas essa melhora tem muito de amadurecimento como pessoa. Sobre concorrência, não cito nomes até porque não tem concorrência. O meu maior concorrente sou eu mesmo.

FOLHA - O que está mais difícil para conquistar, a Copa dos Campeões ou a Copa do Mundo?
JÚLIO CÉSAR
- Tanto o Italiano quanto a Copa dos Campeões são títulos que a gente quer muito. Por ter alcance maior, a Copa dos Campeões pesa bastante. Mas o Italiano bota pressão muito forte na gente, pois somos os atuais campeões. Somos um time que não quer perder. E não dá para comparar Copa dos Campeões com Copa do Mundo. O que não muda é que quero ganhar as duas.

FOLHA - Você sofreu um acidente recente e não foi bem em alguns lances nos últimos jogos...
JÚLIO CÉSAR
- O acidente não influenciou na minha atuação. Não gosto muito de pensar nem de falar no acidente, mas a vida passou a valer ainda mais do que valia. Hoje me sinto mais forte, mais confiante e dando mais valor a tudo o que eu conquistei até agora em termos de família, de carreira e como pessoa.

FOLHA - Que brasileiro você não gostaria de ver fora da seleção?
JÚLIO CÉSAR
- Seria injusto citar um. O Brasil tem atletas muito bons. Se juntar, dá para formar outras seleções.


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