São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Greves e manifestações na Coréia ameaçam tornar Copa um caos

DO ENVIADO A SEUL
Aconteceu o que o governo sul-coreano mais temia: às portas da Copa, vê-se ameaçado por diversos sindicatos trabalhistas, que prometem greves que fariam do Mundial um pesadelo para o país.
O que pode parar não é nada desimportante: transporte público, hospitais, hotéis e bancos.
A semana começa sob tensão. A KCTU, uma das duas maiores associações sindicais do país, põe em marcha um plano que inclui protestos solitários diante de representações de todos os países que disputam a Copa.
Para arrepio dos organizadores do Mundial, já divulgaram até um calendário de tumulto.
Amanhã, pretendem chamar a atenção colocando alguns trabalhadores sentados por tempo indefinido no centro de Seul.
Para quarta-feira, está marcado o início de greves nos setores metalúrgico e químico.
Até o final da semana, juntariam-se a eles taxistas e trabalhadores do setor de turismo e de seguros de saúde. Para o domingo, a associação agendou uma passeata pelas ruas de Seul.
Os sindicatos sul-coreanos repetem, assim, uma estratégia bastante explorada pelos trabalhadores franceses há quatro anos, a de utilizar a Copa como instrumento de pressão nas negociações.
O governo chegou a anunciar ao mundo, com estardalhaço, acordos fechados com alguns sindicatos para evitar as greves durante o Mundial. Só que não eram exatamente os sindicatos mais fortes.
No mundo real, o que aconteceu foi que na sexta-feira tanto o presidente quanto o primeiro-ministro sul-coreanos tiveram de sair em busca de algum acerto.
Tudo isso em meio a um duelo de propaganda que divide a mídia do país. Dos jornais em inglês, o Korea Herald apóia as greves, enquanto o Korea Times critica os movimentos. (ROBERTO DIAS)



Texto Anterior: Copa 2002: Ronaldo vira chamariz para prostíbulos
Próximo Texto: País faz rodízio de carro em dia de jogo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.