São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007

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Ferrari se arma para "pedreira" em Mônaco

McLaren tem desempenho melhor em testes que simularam o circuito de rua

Próxima etapa do Mundial de F-1, daqui a sete dias, é a primeira em que escuderia italiana não terá condições favoráveis ao carro de 2007


DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro poles e três vitórias em quatro corridas, um aproveitamento de 75% de triunfos.
Mas, apesar do ótimo desempenho mostrado no início do Mundial de F-1, a Ferrari não projeta vida fácil na próxima etapa do campeonato, já no domingo que vem, nas estreitas e charmosas ruas de Mônaco.
O primeiro indicador de que a equipe pode enfrentar mais dificuldades do que nas etapas anteriores é o fato de o F2007, modelo da escuderia italiana para esta temporada, ter uma distância entre os eixos maior que a da maioria dos rivais.
Para servir de comparação, na Ferrari a distância é de 3.135 mm. No R27, da Renault, é de 3.100 mm e no TF107, modelo da Toyota, é de 3.090 mm.
É uma opção. Que faz com que os carros tenham melhor desempenho em longas retas e curvas de alta, o que não é, nem de longe, o caso do traçado de Montecarlo, uma pista travada, que praticamente não permite ultrapassagens e onde largar na pole position é quase vital.
Outro fato a ser considerado foi o desempenho do time de Felipe Massa e Kimi Raikkonen nos testes realizados durante esta semana, no circuito de Paul Ricard, na França.
Nos dois primeiros dias foi usada uma versão travada e curta da pista, com 3,593 km, para simular o principado -a pista monegasca tem 3,340 km.
Não por coincidência, nessas duas sessões a Ferrari ficou atrás de sua principal concorrente, a McLaren, líder do Mundial de Construtores.
Lewis Hamilton, que lidera o campeonato entre os pilotos, ficou quase 2s à frente de Massa no primeiro dia de testes-o novato inglês foi o mais veloz, e o ferrarista, o sexto colocado.
No segundo dia, algum alento: a distância entre os dois pilotos diminuiu para 0s141.
Quando a configuração de Paul Ricard mudou para uma versão de 5,255 km, nos dois dias finais de treino, a situação virou para o time de Maranello. Nas simulações para Montréal, cujo GP acontece em três semanas, a Ferrari sempre esteve à frente dos adversários.
Raikkonen, que substituiu Massa, foi o mais veloz nos dois dias. A McLaren, com seu piloto de testes Pedro de la Rosa, terminou em oitavo e terceiro.
Mas, apesar do desempenho das sessões da semana passada, a Ferrari não deve introduzir grandes novidades em Mônaco.
"Testamos acertos e componentes que não são totalmente novos", afirmou Massa, terceiro colocado no campeonato e piloto que mais poles (três) e vitórias (duas) tem na temporada. "Mônaco é tão diferente de qualquer outro circuito que precisamos tentar coisas variadas", completou o brasileiro.


Com agências internacionais

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