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VÔLEI
CBV afirma não ter como cumprir a Lei Pelé e assumir despesa
Jogadora desiste de seleção para
continuar a ter salário do clube
da Reportagem Local
A atacante Ângela Moraes abdicou de defender a seleção brasileira de vôlei para continuar recebendo salário de sua equipe.
Convocada para disputar a Copa
Volley Masters (ex-BCV Cup), em
Montreaux, Suíça, no final do
mês, ela foi cortada porque a CBV
(Confederação Brasileira de Vôlei)
se recusou a pagar o salário.
De acordo com o artigo 40 da Lei
Pelé, regulamentada há duas semanas, cabe às respectivas confederações o pagamento de salários
dos atletas no período em que eles
estiverem servindo a seleção.
A CBV, que alega não ter condições financeiras para cumprir a
lei, afirma ter feito um acordo com
os times que tiveram atletas convocados para a Liga Mundial
(masculino) e a Copa Masters.
Os clubes se comprometeram a
arcar com a despesa, como ocorria
antes de a lei ser aprovada.
O Laboratório Aché, de São Paulo, que extinguiu a equipe Dayvit,
mas ainda tem sob contrato a
maioria das atletas (entre elas Ângela Moraes) e toda a comissão
técnica, foi a exceção.
A empresa enviou carta à entidade pedindo o ressarcimento dos
valores pagos à jogadora.
"A CBV disse que não tinha
como me pagar salário. Só me dariam uma ajuda se eu rompesse o
contrato com o Dayvit. Preferi ficar no clube", diz Ângela.
Se rescindisse o contrato, ficaria
em situação parecida com a do levantador Ricardinho. Sem clube,
ele recebe uma ajuda (entre R$
1.400 e R$ 2.000) da entidade.
"Não temos como arcar com o
salário dela. Essa lei é para o futebol, não considera a realidade de
outros esportes", diz Ary da Graça
Filho, presidente da CBV.
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