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FUTEBOL
Além de já não poder contar com Júnior, time perde Cléber e Júnior Baiano para o jogo de volta contra o River
Palmeiras perde o jogo e a sua defesa
da Reportagem Local
O Palmeiras foi derrotado por 1 a
0 pe lo River Plate, ontem à noite,
no estádio Monumental de Núñez,
em Buenos Aires, pelas semifinais
da Taça Libertadores da América.
Além do jogo, o time brasileiro
ficou com a sua defesa esfacelada
para o confronto de volta, na próxima quarta-feira à noite, no mesmo horário do de ontem (21h40),
no estádio do Parque Antarctica.
Ontem, o Palmeiras perdeu os
zagueiros Cléber, que teve uma
distensão muscular na coxa e deverá ficar um mês fora, e Júnior
Baiano, expulso no final do jogo.
Os desfalques se somarão ao do
lateral-esquerdo Júnior, que já não
atuou ontem por estar suspenso.
Assim, da defesa titular, jogará
apenas o lateral-direito Arce.
Um empate classificará o River.
Caso o Palmeiras vença por um gol
de diferença, a vaga na decisão
(contra o paraguaio Cerro Porteño
ou o colombiano Deportivo Cali)
será decidida nos pênaltis.
O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, armou uma forte retranca para a partida: entrando em
campo com o volante Rogério no
lugar do atacante Oséas, ficou com
quatro jogadores de marcação no
meio-campo (Galeano, César
Sampaio, Zinho e o próprio Rogério) e Paulo Nunes isolado no ataque, tendo alguma ajuda de Alex.
Mesmo assim, os argentinos começaram sufocando e imprimiram um forte ritmo de jogo nos
primeiros minutos.
Logo aos 5min, após cruzamento
da direita, Sorin escorou para Saviola, que chutou para ótima defesa de Marcos, cena que se repetiria
no decorrer da partida.
Um minuto depois, Paulo Nunes
chutou de fora da área na trave.
Marcos, que deve ganhar definitivamente o lugar de titular de Velloso (leia texto ao lado), voltou a
evitar o gol do River aos 10min, em
chute de Gallardo.
Aos 13min, Cléber se contundiu e
foi substituído por Roque Júnior.
A partir dos 20min, o Palmeiras
melhorou a marcação no meio-campo, equilibrou a partida e passou a criar várias chances de gol.
Numa das melhores delas, aos
24min , Paulo Nunes acionou Zinho, que penetrou na intermediária e tentou encobrir Bonano, que
espalmou para escanteio.
Dentro do ritmo "lá e cá" que a
partida ganhou, dois minutos depois Sorin, de peixinho, mandou
na rede pelo lado de fora.
Logo em seguida, aos 29min,
Alex alçou da direita, e Paulo Nunes ajeitou de peito para Rogério,
que chutou muito por cima do travessão. Mais alguns segundos, e
Galeano, num chute de longe,
obrigou Bonano a mandar a escanteio.
O River, no entanto, era quem tinha as chances mais claras de gol,
mas, na hora de definir, os atacantes chutavam mal, e Marcos defendia bem. Aos 32min, após confusão na área, Saviola fintou dois palmeirenses e obrigou o goleiro brasileiro a mandar a escanteio.
O River, irritado com as chances
desperdiçadas e a boa performance do adversário, começou a fazer
faltas violentas.
"Estamos passando medo a
eles", observou Paulo Nunes ao
deixar o campo no intervalo, instantes após desperdiçar a última
chance do Palmeiras, aos 47min.
O Palmeiras manteve o time para
a segunda etapa, enquanto o River
trocou Escudero por Gancedo.
Como fizera no começo do jogo,
o time de Ramón Díaz se lançou à
frente, e abriu o placar aos 3min.
Em confusão na área, após dois
chutes na trave, Berti fez 1 a 0.
Mesmo em desvantagem, o Palmeiras não mudou a postura defensiva, recorrendo apenas aos
contra-ataques.
O River, incentivado pela torcida, que não chegou a lotar o Monumental de Núñez (leia texto ao lado), continuou no ataque.
Antes da partida, os argentinos
disseram que apenas uma vitória
por pelo menos dois gols de diferença poderia dar tranquilidade
para o jogo de volta.
Numa das poucas chances palmeirenses no segundo tempo, aos
23min, Júnior Baiano, de cabeça,
obrigou Bonano a mandar com os
pés a escanteio.
Só aos 31min, Scolari resolveu reforçar o ataque em detrimento da
marcação, tirando Galeano para
pôr Oséas. Mal o atacante entrou
em campo, Gallardo, encobrindo
Marcos, chutou no travessão.
As coisas se complicaram de vez
aos 36min. Após perder uma bola
que parecia dominada, Júnior
Baiano teve de fazer falta em Castillo, que partia livre em direção ao
gol. Como era o último homem da
defesa, Baiano foi expulso pelo árbitro paraguaio Ubaldo Aquino.
Ele também expulsaria Astrada
(que já tinha cartão amarelo e tocou a mão na bola), aos 45min.
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