São Paulo, Quinta-feira, 20 de Maio de 1999
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FUTEBOL
Além de já não poder contar com Júnior, time perde Cléber e Júnior Baiano para o jogo de volta contra o River
Palmeiras perde o jogo e a sua defesa

da Reportagem Local

O Palmeiras foi derrotado por 1 a 0 pe lo River Plate, ontem à noite, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pelas semifinais da Taça Libertadores da América.
Além do jogo, o time brasileiro ficou com a sua defesa esfacelada para o confronto de volta, na próxima quarta-feira à noite, no mesmo horário do de ontem (21h40), no estádio do Parque Antarctica.
Ontem, o Palmeiras perdeu os zagueiros Cléber, que teve uma distensão muscular na coxa e deverá ficar um mês fora, e Júnior Baiano, expulso no final do jogo.
Os desfalques se somarão ao do lateral-esquerdo Júnior, que já não atuou ontem por estar suspenso.
Assim, da defesa titular, jogará apenas o lateral-direito Arce.
Um empate classificará o River. Caso o Palmeiras vença por um gol de diferença, a vaga na decisão (contra o paraguaio Cerro Porteño ou o colombiano Deportivo Cali) será decidida nos pênaltis.
O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, armou uma forte retranca para a partida: entrando em campo com o volante Rogério no lugar do atacante Oséas, ficou com quatro jogadores de marcação no meio-campo (Galeano, César Sampaio, Zinho e o próprio Rogério) e Paulo Nunes isolado no ataque, tendo alguma ajuda de Alex.
Mesmo assim, os argentinos começaram sufocando e imprimiram um forte ritmo de jogo nos primeiros minutos.
Logo aos 5min, após cruzamento da direita, Sorin escorou para Saviola, que chutou para ótima defesa de Marcos, cena que se repetiria no decorrer da partida.
Um minuto depois, Paulo Nunes chutou de fora da área na trave.
Marcos, que deve ganhar definitivamente o lugar de titular de Velloso (leia texto ao lado), voltou a evitar o gol do River aos 10min, em chute de Gallardo.
Aos 13min, Cléber se contundiu e foi substituído por Roque Júnior.
A partir dos 20min, o Palmeiras melhorou a marcação no meio-campo, equilibrou a partida e passou a criar várias chances de gol.
Numa das melhores delas, aos 24min , Paulo Nunes acionou Zinho, que penetrou na intermediária e tentou encobrir Bonano, que espalmou para escanteio.
Dentro do ritmo "lá e cá" que a partida ganhou, dois minutos depois Sorin, de peixinho, mandou na rede pelo lado de fora.
Logo em seguida, aos 29min, Alex alçou da direita, e Paulo Nunes ajeitou de peito para Rogério, que chutou muito por cima do travessão. Mais alguns segundos, e Galeano, num chute de longe, obrigou Bonano a mandar a escanteio.
O River, no entanto, era quem tinha as chances mais claras de gol, mas, na hora de definir, os atacantes chutavam mal, e Marcos defendia bem. Aos 32min, após confusão na área, Saviola fintou dois palmeirenses e obrigou o goleiro brasileiro a mandar a escanteio.
O River, irritado com as chances desperdiçadas e a boa performance do adversário, começou a fazer faltas violentas.
"Estamos passando medo a eles", observou Paulo Nunes ao deixar o campo no intervalo, instantes após desperdiçar a última chance do Palmeiras, aos 47min.
O Palmeiras manteve o time para a segunda etapa, enquanto o River trocou Escudero por Gancedo.
Como fizera no começo do jogo, o time de Ramón Díaz se lançou à frente, e abriu o placar aos 3min. Em confusão na área, após dois chutes na trave, Berti fez 1 a 0.
Mesmo em desvantagem, o Palmeiras não mudou a postura defensiva, recorrendo apenas aos contra-ataques.
O River, incentivado pela torcida, que não chegou a lotar o Monumental de Núñez (leia texto ao lado), continuou no ataque.
Antes da partida, os argentinos disseram que apenas uma vitória por pelo menos dois gols de diferença poderia dar tranquilidade para o jogo de volta.
Numa das poucas chances palmeirenses no segundo tempo, aos 23min, Júnior Baiano, de cabeça, obrigou Bonano a mandar com os pés a escanteio.
Só aos 31min, Scolari resolveu reforçar o ataque em detrimento da marcação, tirando Galeano para pôr Oséas. Mal o atacante entrou em campo, Gallardo, encobrindo Marcos, chutou no travessão.
As coisas se complicaram de vez aos 36min. Após perder uma bola que parecia dominada, Júnior Baiano teve de fazer falta em Castillo, que partia livre em direção ao gol. Como era o último homem da defesa, Baiano foi expulso pelo árbitro paraguaio Ubaldo Aquino.
Ele também expulsaria Astrada (que já tinha cartão amarelo e tocou a mão na bola), aos 45min.



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