São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 2002

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Brasil, nenhum gol de cabeça, expõe trauma de Ronaldo

DOS ENVIADOS A HAMAMATSU

Um dos maiores apologistas do chuveirinho, o técnico Luiz Felipe Scolari não tem repetido na Copa essa que é uma das marcas do seu estilo. Pelo contrário, a seleção se revela no Mundial ""ruim da cabeça".
Dos 13 gols feitos até agora, nenhum foi de cabeça. A falta de gols em lances aéreos se deve ao fato de os dois artilheiros da seleção -Ronaldo, cinco gols, e Rivaldo, quatro- não serem exímios cabeceadores.
Apesar de já ter marcado cinco gols na Copa, Ronaldo tem um verdadeiro bloqueio para cabecear. Em sua carreira, fez poucos gols de cabeça.
O trauma de Ronaldo em cabecear bolas teve início quando se transferiu para o PSV Eindhoven, da Holanda, após o final da Copa de 1994.
Antes de ter um mês no novo clube, dois colegas de equipe sofreram cortes na cabeça em treinos de jogadas aéreas. Desde então, ele pouco divide de cabeça com os zagueiros.
O medo de cabecear de Ronaldo é tanto que nesta Copa ele criou um novo tipo de jogada, o ""peixinho caratê"" - conclusão de cruzamentos a meia altura com os pés, como num golpe de arte marcial.
Foi assim que o atacante marcou o primeiro gol da seleção na Copa contra a Turquia.
Historicamente, a jogada aérea é ponto forte do oponente de amanhã. Dos cinco gols ingleses na Copa, dois foram de cabeça. Nos últimos anos, entretanto, a Inglaterra tem variado seu repertório ofensivo, aliando as cabeçadas ao toque de bola de atletas habilidosos, como Owen. (FM, JAB, FV E SR)


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