|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil, nenhum gol de cabeça, expõe trauma de Ronaldo
DOS ENVIADOS A HAMAMATSU
Um dos maiores apologistas
do chuveirinho, o técnico Luiz
Felipe Scolari não tem repetido na Copa essa que é uma das
marcas do seu estilo. Pelo contrário, a seleção se revela no
Mundial ""ruim da cabeça".
Dos 13 gols feitos até agora,
nenhum foi de cabeça. A falta
de gols em lances aéreos se deve ao fato de os dois artilheiros
da seleção -Ronaldo, cinco
gols, e Rivaldo, quatro- não
serem exímios cabeceadores.
Apesar de já ter marcado
cinco gols na Copa, Ronaldo
tem um verdadeiro bloqueio
para cabecear. Em sua carreira, fez poucos gols de cabeça.
O trauma de Ronaldo em cabecear bolas teve início quando se transferiu para o PSV
Eindhoven, da Holanda, após
o final da Copa de 1994.
Antes de ter um mês no novo
clube, dois colegas de equipe
sofreram cortes na cabeça em
treinos de jogadas aéreas. Desde então, ele pouco divide de
cabeça com os zagueiros.
O medo de cabecear de Ronaldo é tanto que nesta Copa
ele criou um novo tipo de jogada, o ""peixinho caratê"" -
conclusão de cruzamentos a
meia altura com os pés, como
num golpe de arte marcial.
Foi assim que o atacante
marcou o primeiro gol da seleção na Copa contra a Turquia.
Historicamente, a jogada aérea é ponto forte do oponente
de amanhã. Dos cinco gols ingleses na Copa, dois foram de
cabeça. Nos últimos anos, entretanto, a Inglaterra tem variado seu repertório ofensivo,
aliando as cabeçadas ao toque
de bola de atletas habilidosos,
como Owen.
(FM, JAB, FV E SR)
Texto Anterior: Tostão: Beber do próprio veneno Próximo Texto: Juiz de final olímpica é escolhido para a partida Índice
|