ROBERTO DIAS
ENVIADO ESPECIAL A SEUL

Um juiz que peitou os clubes de seu país no início do ano comandará o jogo do Brasil amanhã.
Será Felipe Ramos Rizo, 39, que ameaçou fazer greve no futebol mexicano em janeiro caso os clubes decidissem seguir adiante com o plano de sortear os árbitros de cada partida.
Sua pressão deu certo, e as nomeações dos juízes para os jogos continuaram a ser feitas pela Comissão de Arbitragem local.
No Mundial, ele já apitou duas partidas, ambas na Coréia do Sul.
A primeira foi o empate sem gols entre França e Uruguai, pela segunda rodada, no qual ele expulsou o atacante Thierry Henry por uma entrada em Romero.
Depois, apitou ainda na vitória do Paraguai sobre a Eslovênia por 3 a 1, jogo que classificou o time sul-americano para a segunda fase da Copa-2002.
O juiz mexicano chegou ao Mundial com a experiência de ter apitado a última final olímpica, em Sydney, que terminou com a vitória de Camarões, nos pênaltis, sobre a Espanha -que reclamou de sua atuação.
Ele esteve ainda na terceira das seis derrotas da seleção brasileira nas eliminatórias, o revés por 1 a 0 em Quito para o Equador, quando o time ainda era comandado por Emerson Leão.
Também nas eliminatórias, acabou apitando um jogo complicado: Iraque x Irã, vitória dos iranianos por 2 a 1, em Bagdá.
Ontem, além da nomeação do juiz mexicano, a Fifa indicou quais os árbitros e os bandeirinhas que continuam na Copa e quais já estão dispensados.
Foram chamados para seguir 16 dos 36 juízes inicialmente apontados e 16 dos 36 auxiliares.
A lista mostra que o juiz brasileiro Carlos Eugênio Simon, que já atuou em duas partidas neste Mundial, continua no torneio, enquanto o bandeirinha Jorge Paulo Oliveira não está entre os selecionados para os jogos finais.
Mostra ainda que árbitros polêmicos da primeira fase acabaram sendo preteridos na lista final, como o sul-coreano Kim Young-joo, que apitou a estréia da seleção brasileira, contra a Turquia, quando apontou pênalti num lance em que o atacante Luizão sofreu falta fora da área.


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