|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Após pedido de dispensa de cinco titulares, Marco Aurélio Motta antecipa mudanças no time e prevê dificuldades
Treinador renova seleção e já descarta pódio na temporada
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina de vôlei não
deve subir no pódio neste ano. A
previsão é do homem encarregado de torná-la competitiva até a
próxima Olimpíada, em Atenas-2004, Marco Aurélio Motta.
Depois de ver cinco de suas jogadoras titulares pedirem dispensa -Virna, por problemas pessoais, Fofão, Érika, Walewska e
Raquel, por dificuldades de relacionamento com ele-, o treinador, com aval da CBV, optou por
antecipar a renovação da seleção,
que gostaria de fazer aos poucos.
Ontem, o técnico convocou três
campeãs do Mundial juvenil de
2001 para completar o grupo
-Sassá, 19, Sheila, 18, e Ciça, 20.
"Não podemos ficar olhando
para o próprio umbigo agora. A
possibilidade de estarmos no pódio no Grand Prix [a partir do dia
12" e no Mundial [em agosto, na
Alemanha" está realmente comprometida," afirmou o treinador.
"Não vou dar prazo para começar a obter resultados. Teremos
um ou dois anos difíceis. Mas o
nosso investimento agora é para
conseguirmos resultados a médio
e longo prazo", completou ele.
Motta definiu o nome das novas convocadas após reuniões
com o técnico da seleção juvenil,
Wadson Lima, e da infanto-juvenil, Antônio Rizola. Para eles, o
Brasil voltará a ter uma geração
vencedora em dois ou três anos.
Das atletas que formam o grupo
de Motta hoje, a mais "rodada" é
Karin. A meio-de-rede, de 30
anos, é a única que esteve na equipe do bronze em Sydney-2000.
Mais velha do time, aos 32 anos,
a líbero Arlene estreou com a camisa da seleção nesta posição na
Volley Masters, há duas semanas.
Antes dos pedidos de dispensa,
Motta já havia cortado a ponta
Elisângela, uma das mais experientes do grupo, por indisciplina. Convocou Paula Pequeno,
campeã mundial juvenil em 2001.
Caberá a ela e a Jaqueline, melhor atacante do Mundial da República Dominicana, substituir as
principais atacantes do time anterior -Virna e Érika.
Mas é a perda de Fofão a mais
lamentada pelo técnico brasileiro.
"A levantadora comanda o time, o jogo passa pelas mãos dela.
Além disso, a Fofão é uma jogadora que não tem um histórico de
problemas. Não sei o que a motivou [a pedir dispensa"", afirmou.
A posição de levantadora, a
mais carente de renovação no
país atualmente, será ocupada
por Marcelle ou Fabiana Berto. A
segunda foi a mais testada por
Motta desde que assumiu a equipe, em 2000, para ser reserva de
Fofão, e foi um dos destaques do
Rexona na última Superliga.
Já Marcelle passou a temporada
recuperando-se de uma contusão.
Texto Anterior: Toni Negri: O futebol está preso numa camisa-de-força Próximo Texto: Equipe fica mais jovem e "encolhe" Índice
|