São Paulo, domingo, 20 de junho de 2004

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Na folga, atleta busca dinheiro no vale-tudo

DA REPORTAGEM LOCAL

Viver da luta livre ainda é um sonho distante para Antoine Jaoude. Como muitos outros lutadores que não têm patrocínio, ele precisa apelar para "bicos" em outras modalidades para completar o orçamento.
Quando não está próximo de competições, Jaoude participa de eventos de vale-tudo. Por luta, recebe cerca de US$ 700.
"O vale-tudo me ajuda a ganhar dinheiro. Além disso, me ajuda a manter a forma", diz.
Jaoude, no entanto, prefere não exibir sua atividade paralela à luta livre. Evita misturar a imagem de atleta olímpico com a de "bad boy", normalmente associada ao vale-tudo.
"Não gosto que comparem, o COB e a confederação também não gostam. Nunca me proibiram, mas eu evito", afirma ele, que recebe pagamento de R$ 1.000 por mês graças ao repasse da verba da Lei Piva à Confederação de Lutas Associadas.
Se não tivesse obtido a vaga olímpica, Jaoude iria dar mais atenção ao seu "segundo esporte", já que não teria competições oficiais até o fim do ano.
"Mesmo depois da Olimpíada não vou me dedicar só ao vale-tudo. A luta é meu primeiro esporte, está em primeiro lugar. Quero competir mais, ir ao Pan em 2007 e conquistar o ouro no Brasil", sonha. (ML E TC)


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