São Paulo, domingo, 20 de junho de 2010

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Simples, locais só têm cerveja e vinho barato

DE JOHANNESBURGO

"Shebeens" são lugares onde os fracos não têm vez. Nada de caldinho de feijão, pastel, bolinho de bacalhau. "Shebeen" é para tomar cerveja ou, no máximo, vinho vagabundo (a R$ 7 a garrafa).
É essa a única forma de lazer da maioria dos sul- -africanos, os que vivem nas townships (favelas).
A decoração é simplória, o nome do local dificilmente estará na porta e há uma grande chance de que o estabelecimento funcione de maneira clandestina, sem licença para vender álcool.
De vez em quando, há música no sistema de som, mas a regra é ser pouco mais do que um buraco para beber até cair, fumar desbragadamente e falar sobre futebol, política e problemas da vida.
Homens negros e pobres são 90% da clientela. São motoristas de lotação, vendedores ambulantes, seguranças privados e desempregados em geral, sempre aparecendo após o expediente, que, na África do Sul, acaba cedo. Entre as 17h e as 20h é o horário de maior movimento.
A etiqueta é sentar em qualquer lugar, mesmo ao lado de desconhecidos, puxar papo e pagar uma garrafa de cerveja para a mesa. Mulheres são raras, mas as que aparecem em geral são bem tratadas.
No Joyce's Inn, na quinta, havia duas. Bonnie, de uns 40 anos, pede ao repórter que a ajude a achar um namorado brasileiro.
Para um estrangeiro, a recepção costuma ser amigável. Adesivos de "proibido entrar com arma de fogo" são comuns -e nem sempre respeitados. (FZ)


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