São Paulo, domingo, 20 de junho de 2010

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Marcos não pensa mais em parar

Nova comissão técnica faz o goleiro esquecer a ideia de aposentadoria

ROGÉRIO REZEKE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O goleiro Marcos foi demovido da ideia de se aposentar no final desta temporada.
No dia 3 de março, após o Palmeiras perder do São Caetano por 3 a 1, com um gol após uma falha sua, o camisa 1 deixou o campo anunciando sua aposentadoria.
"Não sei o que falo. Para os torcedores, digo que o sofrimento deles comigo no gol vai somente até o fim do ano. Isso se a minha paciência deixar", afirmou o atleta.
Mais de três meses depois, muitas coisas aconteceram.
O Palmeiras foi eliminado do Paulista e da Copa do Brasil, demitiu Antônio Carlos, o seu segundo técnico do ano, e reformulou a comissão técnica pela segunda vez com a chegada de Luiz Felipe Scolari, o auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa, e o preparador de goleiro Carlos Pracidelli.
A chegada dos novos comandantes foi o que fez o goleiro aceitar pela primeira vez a ideia de continuar.
"Não penso nisso [aposentadoria] agora. Quando for parar, eu falo", afirmou ele ontem. "Quero me recuperar e voltar a jogar bem para ajudar a comissão técnica."
Ao lado de Scolari, Marcos, 37, conquistou a Libertadores de 1999 e a Copa-2002.
E foi sob as orientações de Carlos Pracidelli que o goleiro ganhou sua primeira chance no time. "Tô muito feliz com a volta do Carlos. Foi ele quem me formou e com quem fui vencedor", disse Marcos. O mentor foi justamente quem o fez desistir da ideia de se aposentar.
"Após acertar a minha volta, só falei com o Marcos após a operação dele. E o assunto aposentadoria não apareceu. Só falamos do futuro, da disputa por títulos. Ele está motivado", declarou Pracidelli, em entrevista à Folha.
O preparador de goleiro foi quem deu a certeza de que Marcos vai continuar a jogar.
"O Marcos é a expressão maior do Palmeiras, com todo o respeito aos outros jogadores. A presença dele é fundamental para as conquistas que vamos ter, e eu tenho certeza de que vamos ter. Não dá para pensar em títulos sem ele no time."
Scolari também entrou na grupo que convenceu Marcos a não parar. "O Felipão o quer ao nosso lado. Ele não abriria mão do Marcos por nada", disse o preparador.
O segundo goleiro Bruno, que é muito mais um amigo pessoal de Marcos do que um reserva, afirmou: "Com a chegada do Felipão, do Pracidelli e a chance jogar a Libertadores, é zero a chance de ele se aposentar".


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