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Marcos não pensa mais em parar
Nova comissão técnica faz o goleiro esquecer a ideia de aposentadoria
ROGÉRIO REZEKE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O goleiro Marcos foi demovido da ideia de se aposentar
no final desta temporada.
No dia 3 de março, após o
Palmeiras perder do São Caetano por 3 a 1, com um gol
após uma falha sua, o camisa
1 deixou o campo anunciando sua aposentadoria.
"Não sei o que falo. Para os
torcedores, digo que o sofrimento deles comigo no gol
vai somente até o fim do ano.
Isso se a minha paciência
deixar", afirmou o atleta.
Mais de três meses depois,
muitas coisas aconteceram.
O Palmeiras foi eliminado
do Paulista e da Copa do Brasil, demitiu Antônio Carlos, o
seu segundo técnico do ano,
e reformulou a comissão técnica pela segunda vez com a
chegada de Luiz Felipe Scolari, o auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa, e o preparador
de goleiro Carlos Pracidelli.
A chegada dos novos comandantes foi o que fez o goleiro aceitar pela primeira
vez a ideia de continuar.
"Não penso nisso [aposentadoria] agora. Quando for
parar, eu falo", afirmou ele
ontem. "Quero me recuperar
e voltar a jogar bem para ajudar a comissão técnica."
Ao lado de Scolari, Marcos, 37, conquistou a Libertadores de 1999 e a Copa-2002.
E foi sob as orientações de
Carlos Pracidelli que o goleiro ganhou sua primeira
chance no time. "Tô muito feliz com a volta do Carlos. Foi
ele quem me formou e com
quem fui vencedor", disse
Marcos. O mentor foi justamente quem o fez desistir da
ideia de se aposentar.
"Após acertar a minha volta, só falei com o Marcos após
a operação dele. E o assunto
aposentadoria não apareceu.
Só falamos do futuro, da disputa por títulos. Ele está motivado", declarou Pracidelli,
em entrevista à Folha.
O preparador de goleiro foi
quem deu a certeza de que
Marcos vai continuar a jogar.
"O Marcos é a expressão
maior do Palmeiras, com todo o respeito aos outros jogadores. A presença dele é fundamental para as conquistas
que vamos ter, e eu tenho
certeza de que vamos ter.
Não dá para pensar em títulos sem ele no time."
Scolari também entrou na
grupo que convenceu Marcos a não parar. "O Felipão o
quer ao nosso lado. Ele não
abriria mão do Marcos por
nada", disse o preparador.
O segundo goleiro Bruno,
que é muito mais um amigo
pessoal de Marcos do que um
reserva, afirmou: "Com a
chegada do Felipão, do Pracidelli e a chance jogar a Libertadores, é zero a chance
de ele se aposentar".
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