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FUTEBOL
Técnico corintiano vê na final chance de fugir do estigma de eterno auxiliar de Luxemburgo
Oliveira quer firmar carreira solo
MAÉRCIO SANTAMARINA
PAULO COBOS
enviados especiais a Atibaia
Mesmo com o cargo garantido
pela diretoria corintiana até o
Mundial de clubes, em janeiro do
ano que vem, o técnico Oswaldo de
Oliveira vê na decisão de hoje do
Paulista, contra o Palmeiras, a
oportunidade de sair de vez da
""sombra" de seu ex-chefe Wanderley Luxemburgo e se firmar na
carreira solo de treinador.
Oliveira segue à risca o sistema
de trabalho do ex-treinador do Corinthians, mas quer se livrar do estigma de pau-mandado de Luxemburgo, que o persegue desde a primeira vez em que foi indicado para
substituir o atual treinador da seleção brasileira.
Ele assumiu o cargo no início de
janeiro, foi substituído por Evaristo de Macedo no final de fevereiro
e voltou a ser treinador já no final
da primeira fase do Paulista, há
cerca de um mês.
""O significado desse título é
imensurável para a minha carreira, porque, no futebol, se vive de
resultados. Será um orgasmo. Mas
vou ficar muito mais contente pelo
Corinthians do que por mim",
afirmou o treinador.
Oliveira vive hoje uma situação
parecida à do ex-técnico do Corinthians Eduardo Amorim em 1995,
quando deixou de ser auxiliar do
técnico Mário Sérgio para assumir
o cargo de treinador e foi campeão
paulista, em final disputada também contra o Palmeiras.
Depois do Corinthians, Amorim
foi para o Atlético-MG, mas atualmente, não dirige nenhum time
grande.
Para emplacar sua carreira solo,
sem repetir os erros da primeira
tentativa, Oswaldo de Oliveira recorreu aos trabalhos da psicóloga
Suzy Fleury, que acompanha Luxemburgo na seleção.
Antes, a psicóloga voltava seu
trabalho aos jogadores. Na segunda vez que Oliveira assumiu o Corinthians, ela passou a orientar a
conduta do treinador, que não
conseguia manter pulso firme com
os atletas, devido ao seu temperamento ponderado.
""Estou ajudando mais o técnico
desta vez", confirmou Suzy, que
esteve presente anteontem, pela
primeira vez na fase decisiva deste
campeonato, no treino da equipe
em Atibaia.
É a ela que o treinador recorre,
por exemplo, quando enfrenta a
indisciplina de algum jogador. Foi
com ela que Oliveira aprendeu a
gritar e ser agressivo nos treinos.
""O Oswaldo é a referência de alguém que leva a sério a preparação
emocional. Ele está desenvolvendo
o perfil do técnico de futebol da
nova era", diz a psicóloga.
O atacante Edílson aprova a nova
postura do técnico: ""Ele sabe ser
rígido, ao mesmo tempo em que
deixa os jogadores darem a sua
opinião. Gosto disso".
""O resultado do trabalho está aí,
nesta final", disse Marcelinho.
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