São Paulo, sábado, 20 de julho de 2002

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PAINEL FC

Culpa do tênis
O que derrubou Leão da seleção não foi só o fiasco do time em sua gestão. A gota d'água para a demissão foi o tênis Adidas calçado por ele na Copa das Confederações o torneio, uma clara provocação à Nike, patrocinadora do time. Naquele dia o Brasil ainda disputava o torneio, mas Ricardo Teixeira decidiu que o técnico estava fora.

Cobras e lagartos
Em entrevista publicada ontem pelo "Diário de S. Paulo", Leão atacou Teixeira pela primeira vez desde sua queda, em junho do ano passado. Chamou o presidente da CBF de "mau-caráter" e disse que Teixeira "enfiou a faca" em sua costas.

Adiós
Terminou o mandato de três anos dos espanhóis da Nike na seleção. O diretor da unidade CBF da multinacional, Sandro Rosell, e o gerente de marketing esportivo, Jose "Pepe" Costa, este responsável direto pela distribuição de material esportivo aos atletas, voltarão a trabalhar na empresa em Barcelona.

Nó na garganta
A Nike informou que os substitutos dos catalães Rosell e Costa ainda não foram definidos. Amigos de vários jogadores da seleção e totalmente adaptados ao Rio, eles voltam para a casa com o coração apertado.

Coração verde
Questionado sobre as notícias vindas da Espanha de que o Barcelona fará de tudo para se desfazer de seus serviços, o meia-atacante Rivaldo disse que não sabia de nada. Mas deixou escapar que, se tivesse de voltar o Brasil, gostaria de defender novamente o Palmeiras, clube nacional pelo qual se destacou.


Espelho 1
A seleção pentacampeã continua presente no discurso da dupla Guga/Larri Passos. Apesar da derrota no segundo jogo do dia, anteontem, em Stuttgart, o técnico disse que gostou da atuação do pupilo. "Como no tênis não dá para fazer substituição, o jeito foi lutar. Se desse para mudar, quem sabe um Denílson faria a diferença."

Em equipe
Não é só o senador Artur da Távola (PSDB) quem tem dado pitacos a José Serra em relação a propostas para a área esportiva. O ministro do Esporte e Turismo, Caio Carvalho, e o jornalista Teodomiro Braga também auxiliam o candidato tucano, pouco familiarizado com o tema.

Mais um
Deputado federal pelo PPB, partido que não fechou aliança com nenhum dos candidatos a presidente, o vascaíno Eurico Miranda vai apoiar Ciro Gomes, da Frente Trabalhista. Alega que Ciro apoiou as causas da "bancada da bola", grupo parlamentar que defende no Congresso o interesse dos clubes e da CBF.

De volta
O Superior Tribunal de Justiça manteve o Sampaio Corrêa, time da família Sarney, na Série B do Brasileiro ao conceder ontem liminar à CBF, suspendendo decisão da Justiça do RN que rebaixava o clube maranhense e colocava o ABC na "segundona". A alegação do time potiguar era de que o Sampaio havia escalado um jogador irregular num jogo do torneio de 2001.

No vermelho
Um dos classificados à segunda fase da Copa dos Campeões (pega o Bahia amanhã), o Paysandu cobra R$ 473 mil da CBF -R$ 300 mil referentes ao torneio em curso e R$ 173 mil pendentes do Campeonato Regional do Norte. O clube já tem gratificações atrasadas e argumenta que, se não receber o dinheiro da CBF, passará a ter problemas para pagar os salários.

Exagero
Em seu site oficial, o São Paulo informa que o clube foi "campeão mundial sub-15". Não é bem assim. O time venceu ontem em Portugal um torneio promovido pela Nike. Na decisão, bateu o FK Zlin, da República Tcheca, por 4 a 0. Foi o terceiro brasileiro seguido a vencer a competição (o Inter levou em 2000, e o Vitória, em 2001).

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
De Carlos Alberto Parreira, técnico do Corinthians, sobre a idéia de "esticar" o Campeonato Brasileiro em prejuízo dos regionais e estaduais:
- Há 27 Estados no país, mas não há o mesmo número de bons campeonatos estaduais. Há muito tempo que todos sabem que a melhor competição do país é o Brasileiro.

CONTRA-ATAQUE

Gastronomia?

Em meio à crise que assola o futebol mundial, muitos dirigentes, técnicos e jogadores são questionados sobre possíveis formas para contornar ou conviver com a nova realidade do mundo da bola.
As opiniões, muito parecidas, sempre giram em torno de contenção de gastos. A maioria diz que é preciso economizar, cortar salários milionários, não pagar mais quantias exorbitantes por jogadores.
O Corinthians, clube que não conta mais com os milhões de dólares do fundo de investimentos norte-americano HMTF, é um dos que tentam se adaptar à nova fase do futebol.
O clube, que tem uma das maiores folhas de pagamento do futebol nacional, vem cogitando diminuir os salários dos atletas.
Questionado sobre a intenção do clube, o zagueiro Batata, que viveu a época das vacas gordas no Parque São Jorge com o HMTF, fez uma tremenda confusão com as palavras:
- O clube está certo em se ajustar ao novo padrão do futebol, não pagando quantias gastronômicas aos jogadores.



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