DA REPORTAGEM LOCAL

Se depender do retrospecto de seus 11 titulares no jogo de hoje, o São Paulo, segundo melhor ataque do Nacional até o início da rodada, adotará uma filosofia atribuída a Carlos Alberto Parreira e considerará o gol "apenas um detalhe".
Sem seu principal goleador no Brasileiro, Luis Fabiano (suspenso), o poderio ofensivo do provável time escalado por Roberto Rojas é pífio. Sozinho, o atacante é responsável por 39,5% dos gols são-paulinos no Nacional -foi à rede 15 vezes.
A quantidade é bem superior a todo o time que começa o jogo de hoje em Salvador. Ao todo, os 11 titulares que entram em campo para enfrentar o Vitória marcaram oito gols -o que equivale a 21,1% do total.
Os artilheiros são-paulinos entre os presentes no estádio Barradão anotaram cada um dois gols. Apenas um deles é de fato um atacante: Rico.
As outras "esperanças de gol" são o volante Fábio Simplício e o zagueiro Jean.
Simplício, aliás, foi quem usou a camisa 9, normalmente pertencente a Luis Fabiano, nas últimas vezes em que o São Paulo não pôde contar com seu principal atacante.
E foi justamente nesse período que ele anotou seus gols (contra Corinthians e Guarani) e atribuiu a boa fase ao fato de ter sido o número 9. "A camisa do Luis me trouxe sorte" disse.
Apenas mais dois atletas que devem começar a partida de hoje já experimentaram a sensação de poder comemorar um gol neste Brasileiro.
O primeiro não tem a obrigação e nem sequer atua próximo do gol adversário: o goleiro Rogério deixou a sua marca, como de costume, numa cobrança de falta, contra o Vasco.
O segundo também "escolheu" um time do Rio para carimbar com seu gol.
O atacante Diego fez o seu -diante do Fluminense, na semana passada- antes mesmo de se tornar titular.
Os outros 15 gols já anotados pelo São Paulo no Brasileiro estão pulverizados entre oito autores: Reinaldo (4), Kaká (3), Júlio Baptista (2), Gustavo Nery (2), Ricardinho (1), Souza (1), Gabriel (1) e Ailton (1). Desses, apenas o último deve figurar entre os reservas. (PGA)


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