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BOXE
Bicampeão olímpico e mundial lidera esquadra hegemônica
Equipe cubana planeja conquistar 6 dos 11 ouros em disputa a partir de hoje
DO ENVIADO AO RIO
O bicampeão olímpico e
mundial Guillermo Rigondeaux, 26, lidera o time cubano
de boxe, que pretende levar para casa seis dos 11 ouros em disputa no Pan do Rio. A competição tem início hoje.
Descontraído, deitado sobre
o ringue, em preparação para
uma sessão de treinamento no
Rio, Rigondeax disse, à Folha,
que já dá como certa a conquista da medalha de ouro no Pan.
""Se eu não for [campeão no
Pan], quem vai ser?", respondeu a estrela, de forma surpresa e ríspida, ao ser questionado
se acreditava que será o campeão na categoria até 54 kg.
""Vamos deixar algumas [medalhas] para os outros", brincou o treinador de Rigondeaux,
Rolando Garbey, ao justificar
que sua esquadra planeja capturar pouco mais da metade
dos ouros em disputa, sem
mencionar que algumas deserções enfraqueceram a equipe.
""Tenho 26 anos e espero disputar mais duas olimpíadas. O
problema é que tenho de fazer
muitas lutas. Em categorias
mais leves, como a minha, há
mais lutadores do que nos pesos mais pesados", lamentou
Rigondeaux.
Garbey reconhece que o pupilo exige treino diferenciado.
Durante preparação com
manoplas (luvas grandes que
servem de alvo), no Centro Esportivo Mais Vida, na Tijuca,
pediu que Rigondeaux furasse
sua guarda e lhe golpeasse na
linha de cintura. Foi atendido.
Depois, o técnico simulou
clinche, jogou o peso do corpo
sobre o pupilo, e tentou levá-lo
à lona. Rigondeaux travou o
movimento. ""O treino é bem físico [para mim também]. Mas
ele tem que estar preparado
para tudo", explicou Garbey.
Quando o foco passou aos
desertores, o pugilista tornou-se lacônico. ""Não quero falar
sobre isso", afirmou, encerrando a conversa.
(EDUARDO OHATA)
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