São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2000


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Afeganistão vira vilão em 2000

DA REDAÇÃO

Estopim do boicote de 20 anos atrás, o Afeganistão chega à última Olimpíada do século como o grande vilão da festa.
É o único dos 200 membros do Comitê Olímpico Internacional que não recebeu o convite oficial do órgão no ano passado, protocolo necessário para que um país participe da competição.
O motivo: o COI havia suspendido o comitê local, argumentando que não concordava com as diretrizes políticas do Taleban, a milícia extremista islâmica que controla o Afeganistão.
Entre os pontos que irritaram os dirigentes internacionais, está a proibição imposta pelo governo afegão à participação de mulheres em disputas esportivas.
Além disso, o código de conduta do país impede que os atletas se barbeiem -prática que contradiz as diretrizes do boxe e do levantamento de peso, que exigem, por questões de segurança, esportistas de rosto "limpo" na disputa.
"Nós sabemos que estamos sendo deixados de fora dos Jogos Olímpicos por causa das diretrizes norte-americanas", afirma Shakoor Muttmain, ministro dos Esportes do Afeganistão.
Anteontem, porém, o mesmo Muttmain anunciou que recebera do COI o convite para mandar duas pessoas a Sydney, que carregariam sua bandeira nas cerimônias de abertura e encerramento.
Seria apenas uma atitude política, já que os esportistas afegãos continuariam proibidos de participar da disputa olímpica.
De qualquer forma, o COI não confirmou o convite. (RD)


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