UOL


São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Renovado, Dream Team só "teme" Ilhas Virgens

DA REPORTAGEM LOCAL

Após o fiasco no Mundial de Indianápolis-2002, quando ficaram com a sexta colocação mesmo sendo os anfitriões, os EUA mudaram quase toda a sua equipe.
Do time responsável pelo fiasco só sobraram o ala Elton Brand, 24, e o ala-pivô Jermaine O'Neal, 24.
Mas a renovação não impediu que o técnico Larry Brown, que ocupa o lugar de George Karl, tivesse que administrar problemas na seleção norte-americana.
Favorito absoluto a conquistar uma das vagas para Atenas-2004 e em um torneio de nível técnico inferior ao Mundial, os EUA "temem" as Ilhas Virgens, a seleção mais frágil do Pré-Olímpico.
Maior estrela da seleção, o pivô Tim Duncan, 27, MVP (Most Valuable Player) da última temporada da NBA, já avisou que nem o LA Lakers reforçado pelo ala Karl Malone e pelo armador Gary Payton o apavora tanto quanto enfrentar o time de sua ilha natal.
"Não estou preocupado com os Lakers. Honestamente. Mas não quero jogar contra as Ilhas Virgens. Me recuso a atuar contra eles", disse Duncan, atual campeão da NBA pelo San Antonio.
A partida está marcada para o próximo sábado. Pela primeira vez, o pivô do San Antonio teria que enfrentar o pequeno país, que conquistou a quarta e última vaga do classificatório da América Central para o Pré-Olímpico.
Mas Duncan já avisou Larry Brown e seu assistente Gregg Popovich, que o dirige no San Antonio, que estará "machucado" nesse dia e não entrará em quadra.
"Esperava que isso nunca acontecesse", lamentou o pivô.
Duncan estreou na seleção dos EUA em 94, nos Jogos da Amizade. Dois anos depois, fez parte do time que disputou o classificatório para o Mundial sub-22, em sua primeira competição oficial pela Federação Internacional de Basquete. Com isso, se tornou inelegível para atuar por outro país.
"Com o Tim poderíamos ser monstros", afirma o armador Raja Bell, que atuou a última temporada da NBA pelo Dallas.
Sem ele, as chances das Ilhas Virgens, que também contam com o pivô Jaja Richards, que já jogou no Franca, são remotas. O time apenas busca livrar-se das últimas posições do torneio.
Seus rivais diretos para isso devem ser times com poucas ambições em San Juan, como Venezuela, Uruguai, República Dominicana e México, que contará com o ala Eduardo Najera, do Dallas.
Além do desfalque certo no sábado, os EUA viajaram para Porto Rico sem alguns astros que chegaram a ser anunciados na equipe.
O armador Kobe Bryant, do LA Lakers, que recentemente sofreu uma acusação de estupro, deixou a seleção alegando estar se recuperando de cirurgias no ombro e no joelho. Para o seu lugar foi convocado Vince Carter.
Outra baixa de última hora foi do veterano Karl Malone, 40, que deixou a equipe na quarta-feira passada, ao saber da morte de sua mãe. Kenyon Martin foi o último atleta chamado para compor os EUA no Pré-Olímpico. (ALF)


Texto Anterior: Saiba mais: Geopolítica dos Jogos favorece Europa e Oceania
Próximo Texto: Panorâmica - Futebol: Brasil enfrenta hoje o Iêmen no Mundial sub-17
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.