UOL


São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GINÁSTICA

Equipe feminina fica em oitavo, alcança melhor posição em Mundiais e garante seis atletas em Atenas-2004

Pela 1ª vez, ginastas põem time nos Jogos

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez, o Brasil terá uma seleção feminina de ginástica artística nos Jogos Olímpicos.
A vaga das seis atletas brasileiras, principal meta estabelecida pela Confederação Brasileira de Ginástica, foi conquistada na madrugada de ontem, nos EUA.
Com 143,946 pontos, a seleção feminina obteve seu melhor resultado em Mundiais e, com o oitavo lugar entre os 34 países que competiram em Anaheim, ganhou dois passaportes: um para Atenas-2004 e outro para a final por equipes do Mundial de Anaheim, que será realizada hoje.
Para Daniele Hypólito, 18, estrela da seleção, a conquista mostra que o país detém hoje um status maior no esporte. "A ginástica brasileira evoluiu muito tecnicamente desde 2001. Um exemplo disso é esta classificação histórica para a Olimpíada", afirma.
Mas, apesar da folga com que obtiveram a vaga em Atenas (os 12 primeiros se classificaram), se quiserem subir ao pódio hoje, as brasileiras -debutantes na decisão por equipes- terão de tirar os 4,725 pontos que as afastaram das líderes. A final, às 22h, reunirá China, Romênia, EUA, Espanha, Austrália, Rússia e Ucrânia.
Com pouca chance de ampliar a festa pela vaga olímpica na final por equipes, a seleção de Daniele, Daiane dos Santos, Camila Comin, Ana Paula Rodrigues, Caroline Molinari e Laís Souza lutará pelo pódio nas finais individuais.
Camila e Daniele terão amanhã a decisão do individual geral, que terá as 24 melhores ginastas das 267 do Mundial. A principal rival será Elena Gomez (ESP), dona da melhor marca, com 37,549 pontos -Camila (35,824) ficou em 19o, e Daniele (35,662), em 21o.
Já Daiane se reabilitou após as falhas no Pan-2003, tirou a terceira melhor nota no solo (9,512), e estará na final do aparelho.
"Podemos ter outras conquistas até domingo", diz Vicélia Florenzano, presidente da CBG, que admite estar colhendo os frutos de seu projeto de seleções.
Além de contratar o técnico Oleg Ostapenko, conhecido por formar campeãs olímpicas, a seleção ganhou em 2003 investimento nunca visto (R$ 350 mil), foi a um número recorde de torneios internacionais (16 nos últimos dois anos) e fez seu maior período de treinos (oito meses).
Mas, segundo Vicélia, o projeto será reavaliado após o Mundial. "Vamos verificar se manteremos os atletas em Curitiba ou se eles irão para os clubes." Uma coisa, porém, é certa: a festa pelas vagas olímpicas será na Disneylândia.


Texto Anterior: Automobilismo: Williams culpa ponto cego por batida de Ralf
Próximo Texto: Time masculino diz que jurados tiraram 2ª vaga
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.