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GINÁSTICA
Equipe feminina fica em oitavo, alcança melhor posição em Mundiais e garante seis atletas em Atenas-2004
Pela 1ª vez, ginastas põem time nos Jogos
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez, o Brasil terá
uma seleção feminina de ginástica
artística nos Jogos Olímpicos.
A vaga das seis atletas brasileiras, principal meta estabelecida
pela Confederação Brasileira de
Ginástica, foi conquistada na madrugada de ontem, nos EUA.
Com 143,946 pontos, a seleção
feminina obteve seu melhor resultado em Mundiais e, com o oitavo lugar entre os 34 países que
competiram em Anaheim, ganhou dois passaportes: um para
Atenas-2004 e outro para a final
por equipes do Mundial de Anaheim, que será realizada hoje.
Para Daniele Hypólito, 18, estrela da seleção, a conquista mostra
que o país detém hoje um status
maior no esporte. "A ginástica
brasileira evoluiu muito tecnicamente desde 2001. Um exemplo
disso é esta classificação histórica
para a Olimpíada", afirma.
Mas, apesar da folga com que
obtiveram a vaga em Atenas (os
12 primeiros se classificaram), se
quiserem subir ao pódio hoje, as
brasileiras -debutantes na decisão por equipes- terão de tirar
os 4,725 pontos que as afastaram
das líderes. A final, às 22h, reunirá
China, Romênia, EUA, Espanha,
Austrália, Rússia e Ucrânia.
Com pouca chance de ampliar a
festa pela vaga olímpica na final
por equipes, a seleção de Daniele,
Daiane dos Santos, Camila Comin, Ana Paula Rodrigues, Caroline Molinari e Laís Souza lutará
pelo pódio nas finais individuais.
Camila e Daniele terão amanhã
a decisão do individual geral, que
terá as 24 melhores ginastas das
267 do Mundial. A principal rival
será Elena Gomez (ESP), dona da
melhor marca, com 37,549 pontos
-Camila (35,824) ficou em 19o, e
Daniele (35,662), em 21o.
Já Daiane se reabilitou após as
falhas no Pan-2003, tirou a terceira melhor nota no solo (9,512), e
estará na final do aparelho.
"Podemos ter outras conquistas
até domingo", diz Vicélia Florenzano, presidente da CBG, que admite estar colhendo os frutos de
seu projeto de seleções.
Além de contratar o técnico
Oleg Ostapenko, conhecido por
formar campeãs olímpicas, a seleção ganhou em 2003 investimento nunca visto (R$ 350 mil), foi a
um número recorde de torneios
internacionais (16 nos últimos
dois anos) e fez seu maior período
de treinos (oito meses).
Mas, segundo Vicélia, o projeto
será reavaliado após o Mundial.
"Vamos verificar se manteremos
os atletas em Curitiba ou se eles
irão para os clubes." Uma coisa,
porém, é certa: a festa pelas vagas
olímpicas será na Disneylândia.
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