FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Aliviado, o Santos enfrenta o Paysandu hoje às 21h40, na Vila Belmiro, convencido de que conseguiu afastar, pelo menos temporariamente, o risco de perder seu principal jogador.
O diretor de futebol Francisco Lopes anunciou ontem o encerramento das negociações com o Tottenham Hotspur (ING) para a venda do meia-atacante Diego.
Segundo Lopes, o presidente Marcelo Teixeira recebeu à tarde um telefonema de um representante do clube inglês informando que o Tottenham havia rejeitado a contraproposta do Santos.
Além de US$ 9 milhões (cerca de R$ 27 milhões) livres, a diretoria solicitou participação em eventual transação envolvendo o jogador nos próximos cinco anos.
A oferta original do Tottenham era de US$ 9 milhões, a serem divididos entre o Santos, dono de 60% dos direitos federativos, e o pai e procurador de Diego, Dejair Ribas, proprietário de 40%.
"O presidente não achou justo o que foi oferecido. Restariam ao Santos cerca de US$ 5,3 milhões. É muito pouco. O Kaká foi vendido por US$ 8,5 milhões, e, hoje, o Diego é um jogador muito mais representativo do que ele", afirmou Francisco Lopes.
A aposta do Santos é que a valorização de Diego será muito maior após as prováveis convocações do atleta para as eliminatórias e para a Olimpíada de Atenas. "O futebol é dinâmico, mas, por enquanto, ele continua no Santos até o final do ano", disse Lopes.
O técnico Emerson Leão afirmou que não se opunha à venda de Diego, desde que por um valor superior ao oferecido pelo Tottenham. Para o treinador, o procurador tinha mais interesse que o Santos em efetuar a transação. Dejair Ribas, que defendia a negociação com base na proposta inicial do Tottenham, não se deu por vencido. "A transação foi dada por encerrada, mas nada impede que venha a ser ressuscitada."
Com a venda de Nenê para o Mallorca, Robinho voltará a ser titular. "Ele estava fazendo um estágio no banco", disse Leão.
No Paysandu, a novidade será o goleiro Carlos Germano, que havia sido afastado por indisciplina.