|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MOTOCICLISMO
Atual campeão, italiano lidera, mas MotoGP faz no Rio etapa com outros três pilotos na disputa pelo título
Brasil vê ano mais disputado da era Rossi
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
O GP Brasil de MotoGP, 12ª etapa do Mundial, que será hoje, às
14h, no autódromo de Jacarepaguá, é o campeonato mais disputado da era Valentino Rossi.
Desde que o italiano, quatro vezes campeão do mundo -125 cc
em 1997, 250 cc em 1999, 500 cc
em 2001 e MotoGP em 2002- e
apenas o segundo piloto da história a vencer em todas as categorias
do motociclismo, estreou na principal delas, nunca o Rio viu uma
prova em que ainda houvessem
tantos candidatos ao título.
Em 2000, o título foi definido no
circuito carioca. Apesar de vencer, o italiano viu o norte-americano Kenny Roberts Jr. assegurar
o troféu com o sexto posto no GP.
No ano seguinte, a etapa brasileira serviu para cumprir tabela.
Rossi havia garantido seu terceiro
Mundial na corrida anterior, no
Japão, com três GPs de antecipação, desbancando os dois pilotos
que ainda tinham chances.
Na temporada passada, mais
uma vez o Brasil assistiu à coroação de um campeão: sob forte
chuva, Rossi ganhou seu quarto
título, que só podia ser ameaçado
por seu compatriota Max Biaggi.
Hoje, porém, a história é diferente. Além de Rossi, líder do
Mundial com 237 pontos, outros
três pilotos ainda têm chances
matemáticas: o espanhol Sete Gibernau, 191 pontos, e os italianos
Biaggi e Loris Capirossi, com 161 e
113 pontos, respectivamente.
"Acho que 2002 foi muito diferente, pois era a estréia da MotoGP e haviam poucas motos de
quatro tempos no grid", afirmou
o pole Rossi, que venceu as cinco
corridas que disputou no Rio
-1997, 1999, 2000, 2001 e 2002
(em 1998 a etapa brasileira foi
cancelada por falta de segurança).
"Além da Honda, que foi bem
no ano passado, agora tem a Ducati [que voltou em 2003 após 30
anos] na luta pelo título", disse.
Para Gibernau, a explicação é
outra. "Neste ano temos mais pilotos vencendo, o que é bom para
o campeonato e para o público",
afirmou o competidor, que aproveitou para brincar com seu companheiros de primeira fila -justamente os primeiros na tabela.
"Tenho a sensação de que sou
eu contra o esquadrão italiano."
Dos 11 GPs disputados, o "esquadrão" venceu sete (Rossi cinco e
Biaggi e Capirossi uma cada um).
Os outros ficaram com Gibernau.
"Acho que, além de a categoria
ter evoluído, as equipes estão melhores, tornando o campeonato
mais parelho", analisou Biaggi.
"Quem acaba ganhando com
motos melhores e o nível mais alto é o público", disse Capirossi.
Além disso, ainda há o fato de
que neste ano o grid tem o maior
número de campeões mundiais
da história da categoria -são dez
pilotos que, juntos, ganharam 19
campeonatos. E só três nunca
venceram um GP em Mundiais.
Se entre os pilotos a disputa está
acirrada, entre os construtores a
situação é distinta. Basta que a
Honda conquiste um lugar no
pódio para garantir seu 15º título
e ficar a apenas um troféu da MV-Augusta, maior vencedora.
NA TV - Globo e Sportv,
ao vivo, a partir das 14h
Texto Anterior: Automobilismo: Cart aceita proposta e deve confirmar venda da Indy Próximo Texto: O personagem: Decepção e dor tomam conta de Alexandre Barros Índice
|