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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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MOTOCICLISMO

Atual campeão, italiano lidera, mas MotoGP faz no Rio etapa com outros três pilotos na disputa pelo título

Brasil vê ano mais disputado da era Rossi

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

O GP Brasil de MotoGP, 12ª etapa do Mundial, que será hoje, às 14h, no autódromo de Jacarepaguá, é o campeonato mais disputado da era Valentino Rossi.
Desde que o italiano, quatro vezes campeão do mundo -125 cc em 1997, 250 cc em 1999, 500 cc em 2001 e MotoGP em 2002- e apenas o segundo piloto da história a vencer em todas as categorias do motociclismo, estreou na principal delas, nunca o Rio viu uma prova em que ainda houvessem tantos candidatos ao título.
Em 2000, o título foi definido no circuito carioca. Apesar de vencer, o italiano viu o norte-americano Kenny Roberts Jr. assegurar o troféu com o sexto posto no GP.
No ano seguinte, a etapa brasileira serviu para cumprir tabela. Rossi havia garantido seu terceiro Mundial na corrida anterior, no Japão, com três GPs de antecipação, desbancando os dois pilotos que ainda tinham chances.
Na temporada passada, mais uma vez o Brasil assistiu à coroação de um campeão: sob forte chuva, Rossi ganhou seu quarto título, que só podia ser ameaçado por seu compatriota Max Biaggi.
Hoje, porém, a história é diferente. Além de Rossi, líder do Mundial com 237 pontos, outros três pilotos ainda têm chances matemáticas: o espanhol Sete Gibernau, 191 pontos, e os italianos Biaggi e Loris Capirossi, com 161 e 113 pontos, respectivamente.
"Acho que 2002 foi muito diferente, pois era a estréia da MotoGP e haviam poucas motos de quatro tempos no grid", afirmou o pole Rossi, que venceu as cinco corridas que disputou no Rio -1997, 1999, 2000, 2001 e 2002 (em 1998 a etapa brasileira foi cancelada por falta de segurança).
"Além da Honda, que foi bem no ano passado, agora tem a Ducati [que voltou em 2003 após 30 anos] na luta pelo título", disse.
Para Gibernau, a explicação é outra. "Neste ano temos mais pilotos vencendo, o que é bom para o campeonato e para o público", afirmou o competidor, que aproveitou para brincar com seu companheiros de primeira fila -justamente os primeiros na tabela.
"Tenho a sensação de que sou eu contra o esquadrão italiano." Dos 11 GPs disputados, o "esquadrão" venceu sete (Rossi cinco e Biaggi e Capirossi uma cada um). Os outros ficaram com Gibernau.
"Acho que, além de a categoria ter evoluído, as equipes estão melhores, tornando o campeonato mais parelho", analisou Biaggi.
"Quem acaba ganhando com motos melhores e o nível mais alto é o público", disse Capirossi.
Além disso, ainda há o fato de que neste ano o grid tem o maior número de campeões mundiais da história da categoria -são dez pilotos que, juntos, ganharam 19 campeonatos. E só três nunca venceram um GP em Mundiais.
Se entre os pilotos a disputa está acirrada, entre os construtores a situação é distinta. Basta que a Honda conquiste um lugar no pódio para garantir seu 15º título e ficar a apenas um troféu da MV-Augusta, maior vencedora.


NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, a partir das 14h


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