São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2011

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Mato Grosso fecha sua agência da Copa

2014
Após sucessivas crises, governo pretende criar nova secretaria para gerir projetos do próximo Mundial

RODRIGO VARGAS

DE CUIABÁ

O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), decidiu extinguir a Agecopa (Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa), autarquia criada há dois anos para gerenciar as obras para o Mundial-2014.
"O modelo atual não funciona, e o governador precisa retomar o comando das ações. A Copa tem dia e hora para começar", afirmou o deputado Romoaldo Júnior (PMDB), líder do governo na Assembleia Legislativa.
A agência foi lançada em 2009 pelo então governador Blairo Maggi (PR), hoje senador, como uma entidade autônoma e supostamente livre de pressões políticas. Barbosa era o vice de Maggi.
Para assegurar decisões por consenso, uma diretoria colegiada (formada em maioria por políticos sem mandato) foi instituída com um presidente, mas sem estabelecimento de níveis hierárquicos.
Mas o arranjo não foi suficiente para impedir crises.
O primeiro presidente da Agecopa, Adilton Sachetti, pediu demissão em outubro de 2010. Disse que havia sido "desrespeitado" por colegas.
No início deste mês, o novo presidente, Éder Moraes, e o diretor de infraestrutura, Carlos Brito, envolveram-se em um bate-boca durante uma audiência pública.
Estava em pauta a alteração no modelo de transporte urbano -que era o BRT (corredor exclusivo de ônibus) e passou a ser, sem projeto ou orçamento definidos, o VLT (veículo leve sobre trilhos).
A maioria das obras para a Copa não saiu do papel. Só a duplicação de uma ponte foi iniciada. Segundo o líder do governo, a criação de uma secretaria para o Mundial "agilizará a tomada de decisões".
"Hoje, se quiser trocar um diretor, o governador precisa da aprovação de 16 dos 24 deputados. Numa secretaria, faz as alterações que desejar."
A Folha apurou que o projeto da nova secretaria será encaminhado ainda nesta semana à assembleia estadual.
"Se tudo der certo, muitos chamarão para si os louros. Se der errado, a culpa será apenas do Silval", afirmou o deputado Romoaldo Júnior.


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