São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 2002

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PAINEL FC

Contra a parede
Ricardo Teixeira teve que justificar para a Associação Coreana as ausências de atletas pentacampeões para não perder parte da cota paga pelos asiáticos -US$ 800 mil. A ACF havia solicitado a presença de todos os vencedores da Copa-2002, inclusive de Luiz Felipe Scolari.

Atestado
O presidente da CBF disse que não pôde contar com todos os campeões porque alguns pediram dispensa, caso de Rivaldo, e outros estão defendendo seus clubes na reta final do Brasileiro-2002. No caso de Scolari, disse que o técnico pediu para não dirigir a seleção mais uma vez.

Paciente rebelde
Teixeira praticamente abandonou as sessões prescritas pelo fisioterapeuta Nilton Petrone, o Filé. Ainda com constantes dores nas costas, o dirigente se justifica: "Sou um mau paciente, mas, como viajo muito, não tenho tempo para o tratamento".

Na fila
A nova versão da "MP da Moralização" pode sair até sexta-feira. Já o Código do Torcedor, que pode impedir uma virada de mesa no Brasileiro, não será votado pelo Congresso neste ano. O governo recomenda a torcedores que recorram ao Código de Defesa do Consumidor.

Compromisso
No encontro com representantes do esporte anteontem, Lula se mostrou disposto a levar adiante o projeto de moralização do futebol iniciado pelos tucanos. Ressaltou, no entanto, que sua prioridade será usar o setor como instrumento social.

Aula
Luiz Gonzaga Belluzzo, candidato de oposição no Palmeiras, fará palestra a integrantes da uniformizada TUP no sábado.

Contraste
Fábio Koff reservadamente reclamou da postura de alguns dirigentes botafoguenses, que insistem em virada de mesa. O presidente do Clube dos 13, que consolou Mustafá Contursi, afirmou que o palmeirense, seu vice, é contra o golpe.

O racha chega ao fórum
O Atlético-MG decidiu entrar na Justiça contra o Clube dos 13 por não concordar com a divisão do bolo da publicidade estática. O clube receberá cerca de R$ 270 mil, menos que São Paulo (R$ 900 mil), Palmeiras (R$ 500 mil), Corinthians (R$ 400 mil), Lusa, Grêmio, Internacional, Coritiba e Atlético-PR.

Lucros e dividendos
"Vamos entrar na Justiça. Com qual autoridade quatro pessoas se sentam e dividem o dinheiro do futebol?", disse o atleticano Alexandre Kalil, referindo-se a Koff, Contursi, Mauro Ney Palmeiro (Botafogo) e Fernando Carvalho (Inter), integrantes da diretoria do C13.

Encruzilhada
Clubes da Liga Sul-Minas se reúnem hoje em BH para deliberar sobre o que fazer em 2003. Uns defendem a realização do torneio à revelia da CBF. Outros, que o caminho seja o da Justiça.

Atrás de dinheiro
Marcelo Portugal Gouvêa encontrou-se ontem em Brasília com o ministro da Cultura, Francisco Weffort. Foi pedir auxílio do governo na construção de uma sede "social-cultural" do São Paulo, com museu, teatro e biblioteca, em terreno do clube ao lado do Morumbi.

Estremecidos
Não vão nada bem as relações de Portugal Gouvêa com o santista Marcelo Teixeira.

Quem te viu...
Alguns cartolas ironizaram as declarações do botafoguense Luiz Zveiter, presidente do STJD, que anteontem ameaçou intervir na CBF caso haja virada de mesa. Afirmaram que, em 1999, ele não fez nada para evitar a alteração no regulamento que beneficiou seu time.

Punição moral
Zveiter suspendeu preventivamente Luiz Estevão pelos incidentes no jogo de seu time, o Brasiliense, contra o Ipatinga (MG), pela Série C. Ele foi acusado de ter facilitado a invasão de torcedores ao gramado. Mas o ex-senador poderá entrar no estádio se comprar ingresso.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Bebeto de Freitas, presidente eleito do Bota:
- O Botafogo, no domingo, foi rebaixado no campo, mas, fora dele, já estava rebaixado havia muito tempo.

CONTRA-ATAQUE

Templos da bola

Futebol e religião não se discutem, mas, quando os dois temas se misturam, não há como fugir.
Foi assim quando a Fifa decidiu proibir camisetas com frases religiosas em partidas internacionais. Queria acabar com a mania de, a cada gol, o atleta levantar o uniforme para exibir uma camiseta com louvação a Deus, Jesus, Alá ou algum santo.
- Algumas seitas podem utilizar o futebol como meio de publicidade, afirmou o porta-voz da Fifa à época, Keith Cooper.
A decisão saída de Zurique (Suíça) acabou repercutindo forte centenas de quilômetros dali, em Roma, cidade que alberga a sede mundial do catolicismo, o Vaticano.
Membro da cúria do Vaticano, o cardeal Ersilio Tonini, arcebispo de Ravena, saiu logo em defesa das manifestações religiosas nos gramados:
- Acho que alguns dirigentes esportivos estão perdendo a cabeça. Essa medida só incentiva a repressão dos direitos da pessoa. É uma violação da liberdade.
Para lembrar: o Vaticano é um dos poucos Estados do mundo sem representação na Fifa.


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