|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Série B embola e todos têm chance no Recife
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro times, duas vagas, uma
única rodada. A Série B será definida somente nos últimos minutos, no próximo sábado, com os
dois confrontos decisivos sendo
realizados no Recife. Ontem, o
Grêmio venceu o Santa Cruz por 2
a 0 em casa e frustrou as chances
de classificação antecipada dos rivais. No Canindé, o Náutico bateu
a Portuguesa pelo mesmo placar.
Fora da elite do futebol há quatro anos, Pernambuco será palco
da mais apertada decisão da Série
B desde 2001. O Santa Cruz definirá seu futuro jogando contra a
Portuguesa no estádio do Arruda
às 16h, dependendo só de si.
O time paulista precisa ganhar e
torcer para que o Náutico não bata o Grêmio na partida que será
disputada no estádio dos Aflitos,
também às 16h. Para subir, o Náutico precisa vencer. O Grêmio estará na Série A até com revés, desde que a Portuguesa vença.
A equipe paulista foi a principal
derrotada na rodada de ontem.
Jogando em casa e contando com
maciça presença de público, a
Portuguesa teve bom início, mas
rapidamente passou a ser dominada pelo Náutico. No primeiro
tempo, Celsinho, opaco, perdeu
gol feito. O atacante de 17 anos
ainda viu Kuki, com o dobro de
sua idade, marcar para o Náutico
em uma cobrança de falta que
"furou" a barreira e entrou, devagar, no meio do gol de Gléguer.
Mesmo apostando na agressividade no segundo tempo, a Portuguesa amargou nova frustração
com o anulado gol de Cléber, impedido. Pouco depois, aos 24min,
o Náutico ampliou com Danilo,
em chute cruzado. Gléguer ainda
tocou na bola antes de entrar.
A chance de a Portuguesa diminuir o placar veio aos 30min da
segunda etapa, quando Leandro
Amaral se preparou para cobrar
pênalti. Chutou fraco, rasteiro, na
trave direita. Frustrada, a torcida
da Portuguesa começou a deixar
o Canindé e a hostilizar Celsinho.
"Dei azar na cobrança, mas precisamos ter a cabeça no lugar. Nada está definido", resumiu Leando Amaral. Johnson, atacante angolano da Portuguesa, deixou o
gramado chorando bastante.
O Náutico comemorou a sobrevida na tabela. "Jogamos com garra, o placar só poderia ser este",
disse o técnico Roberto Cavalo.
A tristeza do Náutico ficou por
conta da morte, no Canindé, do
torcedor Ronaldo Pantaleão, 27.
Ele sofreu parada cardíaca quando seu time fez o primeiro gol.
Se a comemoração da torcida
pernambucana no Canindé foi
discreta, com cerca de 500 torcedores, o estádio Olímpico viveu
uma tarde de euforia como há
muito tempo não via. Mesmo aumentando o preço de algumas entradas, a diretoria do Grêmio conseguiu vender todos os 50.960 ingressos -maior público da história recente do Olímpico.
A equipe gaúcha correspondeu.
Mesmo com Anderson no banco
e sofrendo pressão inicial do Santa Cruz, o Grêmio impôs sua forte
marcação e encerrou o primeiro
tempo com 0 a 0. Aos 10min da segunda etapa, com as arquibancadas já dando sinais de impaciência, o uruguaio Lipatin, de cabeça,
colocou o Grêmio na frente. E novamente ao lado de sua torcida.
Assustado, o Santa Cruz abriu
espaços. O Grêmio aproveitou.
Aos 26 min, Marcel, também de
cabeça, ampliou. No final, Anderson entrou, mas pouco fez.
Após o jogo, o Santa Cruz reclamou do tratamento gremista no
Sul. Os gaúchos temem revide na
decisão do próximo sábado.
Texto Anterior: Meio-campo é motivo de perturbação de Leão Próximo Texto: Com mistão, São Paulo bate o Figueirense Índice
|