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Temporada questiona faro dos dirigentes
Figurantes do time fazem eficácia dos cartolas ser questionável em 2006
Muricy diz que cada jogador teve papel importante em determinado momento da trajetória da equipe até a conquista do campeonato
DA REPORTAGEM LOCAL
A destreza que o São Paulo
sempre teve para formar seus
times recentemente, especialmente no ano passado, parece
ter não ter sido a mesma na
temporada de 2006.
Sob o rótulo de clube que faz
sempre as contratações exatas
nos momentos certos, agora a
diretoria são-paulina parece
não ter tido o mesmo sucesso
de anos anteriores, quando a
simples indicação do então presidente Marcelo Portugal Gouvêa transformou o zagueiro
uruguaio Lugano em um dos
principais ídolos da equipe.
Alex Dias, Rodrigo Fabri, Lúcio, Ramalho e Lenílson não
conseguiram se firmar com a
camisa do clube e figuraram como meros coadjuvantes.
Para o técnico Muricy Ramalho, o importante é destacar a
importância que cada atleta teve no decorrer da campanha.
"Procuro passar para cada
um deles que cada jogador teve
o seu momento especial", afirmou o treinador são-paulino.
Já para o superintendente
Marco Aurélio Cunha, a equipe
do Morumbi não pode ter sempre 100% de acerto. "Isso é risco calculado. Além disso, o São
Paulo tem um histórico de jogadores que demoraram a vingar. Com Pedro Rocha, Dario
Pereyra, Careca e Raí foi assim", afirmou o dirigente.
Neste ano, o caso mais latente é o de Alex Dias. Depois de
cumprir o papel de goleador
nos Nacionais de 2004 e 2005
pelo Vasco, o atacante não explodiu com a camisa são-paulina e hoje é uma das últimas opções de Muricy.
"O Alex teve um bom começo
no São Paulo. Foi importante
no Campeonato Paulista",
ameniza Cunha, que, no entanto, concorda que Rodrigo Fabri
é um dos casos em que o clube
errou na mão. "Realmente o
Rodrigo destoou", completou.
Trazido por indicação de
Muricy Ramalho como mais
uma grande sacada da diretoria, Fabri chegou a ser desligado da Libertadores pelos seguidos problemas físicos que enfrentou no clube.
Para o técnico, no entanto,
ele pode ter uma segunda chance. "O Rodrigo não teve uma seqüência. Fica difícil falar dele",
comentou Muricy.
Outro que engrossa a lista de
reforços que se apagaram durante a temporada é o lateral-esquerdo Lúcio, envolvido em
uma troca com o atacante Roger. Contratado do Palmeiras
para fazer sombra a Júnior, é a
terceira opção no setor, perdendo para Richarlyson.
Lenílson também vem ganhando chance no time principal, mas suas oscilações o deixam distante de ser uma realidade para a torcida. Mesmo na
condição de artilheiro da equipe no Brasileiro, com oito gols,
a diretoria ainda segue atrás de
um substituto para Danilo, que
está indo para o Japão.
O volante Ramalho, que veio
para compor o setor, segue como simples reserva.
Apesar do sucesso da equipe
no Brasileiro, a fase de contratações parece não ter sido ser
mesmo de tapinhas nas costas
para a diretoria são-paulina.
Em duas das investidas que
vingaram, problemas extracampo fizeram o tiro sair pela
culatra. O melhor exemplo foi o
caso de Ricardo Oliveira, impedido de disputar a final da Libertadores no Rio Grande do
Sul porque o Betis, da Espanha,
não renovou o seu empréstimo
por uma semana para que ele
pudesse atuar no segundo jogo.
Já o equatoriano Reasco, que
chegou a estrear na equipe, sofreu uma fratura por estresse.
O zagueiro André Dias é outro que quase entrou nesse
quadro. Homem de confiança
de Muricy Ramalho, o jogador
ficou um período afastado da
equipe em função de um imbróglio com o Goiás na Justiça.
(TONI ASSIS)
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