São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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PAINEL FC

Volta dos que não foram
O Esporte ficará mesmo com o PC do B no governo Lula. O único entrave que havia -o acerto para que o PTB assumisse o ministério- foi superado ontem, com os trabalhistas aceitando ficar com o Turismo, que será desmembrado da pasta.

Um ou outro
Enquanto o PC do B se reunia ontem em São Paulo, o deputado federal Agnelo Queiroz (DF) ficou em Brasília torcendo para ter o seu nome pronunciado por Lula hoje. A secretária de Esportes de São Paulo, Nádia Campeão, é mais contida diante da possibilidade de virar ministra.

Homem do presidente
Preferido de Lula para o ministério, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que queria a Defesa, resistiu em assumir o cargo e deverá ser o líder do governo na Câmara.

Sai, mas nem tanto
Se depender do PT, o atual secretário nacional de Esporte, Lars Grael, será convidado a ser consultor do ministério na gestão de Lula. Caso o titular da pasta seja Agnelo Queiroz, a idéia será acatada de pronto.

Curinga
Embora o novo coordenador de futebol do Botafogo, Carlos Alberto Lancetta, tenha sido escolhido pessoalmente por Bebeto de Freitas e apresentado como alguém com carta branca para atuar, o centralizador presidente eleito não abrirá mão de comandar diretamente o setor.

Leilão
Leão recebeu proposta de R$ 110 mil do Palmeiras, mas disse ao Santos que lhe foram oferecidos R$ 140 mil. Por causa do assédio do rival, o campeão brasileiro, que lhe paga R$ 100 mil, já admite chegar aos R$ 120 mil.

Escanteados
Diretores do Santos estão aborrecidos com Marcelo Teixeira por não terem sido convidados para a festa, numa boate, oferecida pelo presidente aos jogadores na última segunda-feira. Além de seus parentes e dos atletas, Teixeira só chamou para o rega-bofe os dirigentes do departamento de futebol.

Fora
O Corinthians não quer mais a Liga Nacional. Em reunião na Federação Paulista, Alberto Dualib disse que é contra a convocação imediata de eleições na nova entidade, como querem São Paulo, Flamengo e Grêmio. Alegou que teme que a Liga só sirva para içar o Palmeiras à elite, numa virada de mesa branca.

Sujeito oculto
Um dos maiores interessados na abertura efetiva da Liga, Eduardo José Farah ficou desapontado. Sabe que, sem o Corinthians, cada vez mais aliado à CBF, a entidade dificilmente vingará. O presidente da FPF quer alguém de sua confiança--os são-paulinos Juvenal Juvêncio e Marcelo Portugal Gouvêa- no comando da liga.

Corneta
Gouvêa foi pressionado na reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo quando confirmou a permanência de Oswaldo de Oliveira. Alguns conselheiros acham que o técnico não teve pulso para comandar o time na reta final do Nacional-2002.

Mea culpa
No evento, o presidente reconheceu que algumas contratações não deram certo. Não citou os nomes, mas se referia a Leandro, Jorginho e Régis.

Aval
Luiz Felipe Scolari tem elogiado a escolha de Ricardo Gomes para dirigir a seleção olímpica. Acha que o ex-zagueiro fez um trabalho "sensacional" no Juventude e que terá sucesso no trato com os menores de 23.

Agenda (quase) cheia
Os santistas Robinho e Diego têm recusado convites para programas de TV. Dizem que andam ocupados. Menos para a Rede Globo. Após participarem do "Programa do Jô", confirmaram presença no "Domingão do Faustão" e no "Altas Horas".

Tela grande
A Agência Nacional do Cinema aprovou o projeto do filme "Pelé, o Atleta do Século", produzido pela Anima Produções Audiovisuais. O valor que será obtido com a Lei do Audiovisual será de R$ 2.710.205,98.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do santista Léo, sobre o salário que o Santos lhe ofereceu:
- Abdiquei de muitas coisas para ficar no Santos. Só quero reconhecimento da diretoria.

CONTRA-ATAQUE

Todos falam que sou desligado

Mario Kempes não tem como negar que é um homem aéreo, e dois episódios comprovam isso.
O primeiro foi na noite de seu maior feito, quando marcou dois gols na Holanda, dando o primeiro título mundial para os argentinos. Era a Copa de 1978.
Terminado o festejo no estádio portenho, Kempes esqueceu que o governo militar da época marcara recepção para o time.
Ele pegou sua medalha e sua mochila, entrou no carro e enfrentou mais de 400 quilômetros para encontrar sua família.
Chegou de madrugada, preparou um café para esperar os pais acordarem, mas acabou dormindo. Enquanto isso, o país explodia em comemorações.
Outro episódio aconteceu quando virou técnico. Ele conseguiu seu segundo emprego em janeiro de 1997. O problema foi o local: a Albânia, em plena crise financeira e econômica que derrubou presidente e causou uma migração em massa.
- Meu time lá estava indo tão bem que eu não queria sair, afirmou Kempes em Roma, desembarcando do último avião a deixar de Tirana naquele ano.


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