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Segundo pesquisa Datafolha, treinador do Corinthians tem 19% de apoio; Zagallo é o segundo
Parreira é o preferido para assumir Brasil pós-penta
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Carlos Alberto Parreira, 59, é o
nome preferido da população
brasileira para dirigir a seleção.
Segundo pesquisa Datafolha,
19% dos entrevistados, ao serem
questionados espontaneamente
sobre quem deveria substituir
Luiz Felipe Scolari no comando
da equipe nacional, citaram o
atual técnico do Corinthians. Mario Jorge Lobo Zagallo, 71, aparece
em segundo lugar, com 12%.
O levantamento, em que foram
entrevistadas 14.559 pessoas em
todo o país, foi feito entre os dias 9
e 11 deste mês, antes do segundo
jogo da final do Brasileiro-2002.
Emerson Leão, técnico do Santos, que ganhou a competição batendo duas vezes o Corinthians de
Parreira, teve seu nome lembrado
por 5% dos entrevistados.
Wanderley Luxemburgo aparece com 4%, e Oswaldo de Oliveira,
o mais cotado para assumir a seleção, com 3%. A margem de erro é
de dois pontos percentuais.
Cinquenta por cento dos entrevistados não souberam ou não
quiseram citar o nome de algum
treinador para assumir a seleção.
Parreira foi mais lembrado especialmente pelos homens
-30% do universo masculino-,
os mais escolarizados -30% entre os que têm nível superior- e
os que ganham mais de cinco salários mínimos -também 30%.
Destacou-se ainda entre os que
têm muito interesse por futebol
-37%-, os torcedores do Fluminense -34%-, os paulistas
-26%- e os moradores do Estado de São Paulo -23%.
"Estou grato pelo reconhecimento, embora não chegue a me
comover", disse Parreira, por telefone, ao explicar, mais uma vez,
que não pensa em voltar a dirigir
o Brasil. "Foi tudo muito pensado, minha decisão está tomada.
Posso ajudar [a CBF], mas não
mais como técnico."
"Tenho saúde, entusiasmo e experiência suficientes [para comandar a seleção], mas o que fazem com o treinador em quatro
anos é desumano", completou.
Para Zagallo, o segundo na preferência popular, o resultado da
pesquisa representa um reconhecimento, embora tardio, pelo tetracampeonato em 1994 -Parreira era o técnico da seleção, e
Zagallo, o coordenador técnico.
"No começo muita gente reclamava, dizia que só ganhamos nos
pênaltis, mas hoje em dia todos
sabem que foi aquela equipe que
recolocou o Brasil em seu devido
lugar. Após 24 anos, voltamos a
ser os melhores do mundo."
Mesmo se considerando apto a
dirigir a seleção mais uma vez, Zagallo, que foi campeão como técnico em 1970, quarto colocado em
1974 e vice em 1998, diz que sua
despedida como treinador deu-se
mesmo no amistoso contra a Coréia, realizado no mês passado.
Leão, que aparece em terceiro
na pesquisa, empatado tecnicamente com Luxemburgo e Oliveira, também já deixou claro que
não volta à seleção, pelo menos
enquanto a Confederação Brasileira de Futebol continuar sob o
comando de Ricardo Teixeira.
"Com ele, nunca mais", afirmou
o treinador, mais de uma vez,
após ter se sagrado campeão brasileiro deste ano pelo Santos.
Leão não se conformou com sua
demissão da seleção, no ano passado, depois de ter perdido a Copa das Confederações -ele ficou
menos de oito meses no cargo.
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