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AÇÃO
Panela furada
CARLOS SARLI
Assim como Pipeline no Havaí, a onda de Maverick's na Califórnia, EUA, foi durante anos
negligenciada pelos surfistas.
Considerada insurfável, a gelada, gigante e distante direita de
Half Moon Bay nem mesmo era
percebida pelos locais.
Como se constatou recentemente, foi um tremendo erro de
avaliação.
Há duas décadas o desenvolvimento técnico dos equipamentos
e dos atletas permitiram aceitar
o desafio. Mas só nos últimos cinco anos Maverick's entrou em cena, dividindo com Jaws na ilha
de Mauí, Waimea e Todos os
Santos no México, as luzes do big
surfe.
O pioneiro nessa perigosa e imprevisível onda que tirou a vida
do experiente havaiano Mark
Foo, foi Jeff Clark, hoje responsável pela direção do primeiro
campeonato no local.
O Maverick's Quiksilver Men
Who Ride Mountains vai chegando ao final do seu período de
espera sem que a ondulação de
tamanho e direção certas tenha
atingido a costa californiana. O
evento é semelhante ao do Eddie
Aikau e, tal qual este, fecha a relação de convidados quase que
exclusivamente para locais. Claro, nenhum brasileiro figura na
lista.
O período que teve início no começo de novembro passado, previa as primeiras seis semanas para adaptação dos 20 convidados
e também da equipe de resgate.
Segurança é consenso entre os
organizadores.
Caso não role nos próximos seis
dias, a última oportunidade de
ver alguns dos melhores big riders do planeta na temporada,
será na ilha de Todos os Santos,
México, durante o Reef Brazil
Big Wave World Surfing.
Organizado pela ISA (Internacional Surfing Association), é o
único desses eventos especiais
que deixa as panelas de lado e estabelece a competição entre países com critério. Por isso pode ser
chamado de Mundial de Ondas
Grandes, e o Brasil é que estará
defendendo o título a partir do
próximo dia 6.
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