São Paulo, quinta, 21 de janeiro de 1999

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FUTEBOL
Rivais tentam inverter cartões de jogadores para obter vantagem no jogo de hoje, pelo Sul-Americano júnior
Argentina arma em decisão com o Brasil

RODRIGO BUENO
da Reportagem Local

A Argentina tentou aumentar mais a vantagem que tem sobre o Brasil para aquela que vem sendo considerada a "final antecipada" do Sul-Americano júnior.
Hoje, às 23h (horário de Brasília), as seleções se enfrentam no torneio que classifica quatro equipes para o Mundial da categoria, que será em abril, na Nigéria.
Os argentinos tentaram inverter cartões amarelos dados a jogadores brasileiros, com o objetivo de desfalcar a seleção para partida de hoje, na cidade de Mar del Plata.
"Tivemos que tomar medidas administrativas para nos proteger. Recebemos um comunicado sobre a possibilidade de o Emerson (Márcio Carioca) não ter condições de jogo para hoje. Mas ele não estava pendurado, quem estava é o Marcinho. Eles criaram a confusão por causa dos nomes iguais", disse Nilson Gonçalves, supervisor da delegação brasileira na Argentina.
O presidente da Federação Maranhense de Futebol, Carlos Alberto Ferreira, que está chefiando a delegação brasileira, foi quem assegurou a liberação de Emerson, atleta do São Paulo, para o jogo.
O dirigente teve até que usar o videoteipe da partida contra o Paraguai (vitória do Brasil por 3 a 1) para provar que o cartão amarelo não foi mostrado para Emerson.
A confusão criada pelos argentinos também seria explicada pela semelhança dos números das camisas dos jogadores. Marcinho atua na competição com a camisa 16, e Emerson joga com a 19.
A presença de Emerson (conhecido por Márcio Carioca, mas que prefere ser chamado por seu segundo nome) é importante no jogo de hoje, porque o meia-atacante Matuzalém está suspenso.
A Argentina, que já tem a vantagem de jogar em casa e de estar à frente do Brasil na tabela pelo maior saldo de gols, terá ainda o retorno de um de seus melhores jogadores, o meia Aimar, que cumpriu suspensão na goleada de anteontem por 5 a 0 sobre o Peru -foi expulso contra o Uruguai.
A decisão da CSF (Confederação Sul-Americana de Futebol) de impedir jogos da segunda fase do torneio em Tandil, sede do Brasil na primeira fase, já poderia ter favorecido os argentinos.
Se a Argentina ficasse em segundo lugar em seu grupo, deixaria Mar del Plata para fazer dois jogos em Tandil. A CSF anunciou, no dia em que a Argentina enfrentou o Chile (que concorria pelo primeiro lugar), que Tandil foi vetada por "medidas de segurança".
A entidade, porém, elogiou a organização de Tandil e prevê novas competições na cidade.
Ainda hoje, o Paraguai enfrenta o Chile, e o Uruguai, líder do hexagonal, pega o Peru.
² NA TV - Argentina x Brasil, ao vivo, às 23h, na Bandeirantes


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