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São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003

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Sem futebol vistoso e com ajuda do juiz, Santos vence paraguaios

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Com o auxílio da arbitragem e mesmo sem reeditar o futebol vistoso exibido na estréia na Colômbia (5 a 1 no América), o Santos virou o jogo ontem à noite na Vila Belmiro e bateu, por 3 a 1, o 12 de Octubre, do Paraguai, pela segunda rodada da Taça Libertadores.
Com o resultado, o time se reabilitou de duas derrotas consecutivas pelo Paulista (2 a 0 para a Portuguesa Santista e 2 a 1 para o São Paulo) e assumiu a liderança isolada do Grupo 3, com seis pontos. A próxima partida pela Libertadores acontecerá somente em 12 de março, contra o El Nacional, em Quito, no Equador.
"Aquele sofrimento pela falta de resultado não existe mais. Com isso, teremos mais tranquilidade para jogar", declarou o técnico Emerson Leão.
Os jogadores admitiram que a jornada não foi das melhores. "Fizemos os gols. Isso é que valeu para garantir a vitória", afirmou o meia Elano. "O mais importante foram os três pontos", disse o volante e capitão Paulo Almeida.
Apesar de ter entrado em campo retrancado, o 12 de Octubre surpreendeu logo aos 3min. Em um lançamento, a defesa santista falhou, o atacante Bareiro aproveitou, se livrou de Fábio Costa e tocou para o gol vazio.
O Santos era um time confuso na primeira etapa, incapaz de armar jogadas ofensivas. A equipe esbarrava sempre no esquema defensivo dos paraguaios, que mantinham duas linhas de marcadores à frente do goleiro Derlis Gómez e somente Bareiro à frente.
A dificuldade imposta pelo adversário produzia sucessivos erros de passe e levava os atacantes a se posicionar frequentemente em impedimento. Mesmo depois que Elano empatou, de cabeça, aos 17min, as falhas santistas continuaram se sucedendo.
Na segunda etapa, a equipe deslanchou com a ajuda do juiz boliviano René Ortubé, que transformou em pênalti uma falta cometida fora da área em Leo. Sob protestos unânimes dos paraguaios, Ricardo Oliveira bateu forte, aos 19min, e desempatou.
"Foi pênalti. Quando eu ia cruzar, o cara me deu um carrinho dentro da área. O juiz nem pensou duas vezes", contestou Leo.
Desanimado, o 12 de Octubre sucumbiu após a virada. Aos 26min, Nenê, ex-Palmeiras, ampliou em cobrança de falta.
Sem poder de reação, os paraguaios relaxaram na marcação e passaram a permitir as penetrações dos atacantes santistas, que, mesmo assim, não conseguiam finalizar com perfeição.


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