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Conmebol pede à Uefa seqüência de Mundial
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, enviou uma carta ao
presidente da Uefa, Lennart Johansson, mostrando sua insatisfação com o anúncio da Fifa anteontem sobre o Mundial de Clubes e manifestando sua vontade
de que o Mundial interclubes
continue sendo disputado.
"Seria muito injusto renunciar
ao que a Uefa e a Conmebol construíram de forma conjunta e que
já faz parte de nossa história. Temos defendido e disputado [o
Mundial interclubes] desde 1960.
Cada vez com maior êxito", escreveu o paraguaio ao amigo sueco.
Pelo novo formato do Mundial
de Clubes, a partir de 2005 a tradicional disputa no Japão entre os
vencedores da Copa dos Campeões e da Libertadores teria um
fim. A Fifa quer reunir na disputa
agora anualmente os campeões
de suas seis confederações.
A entidade mudou os planos de
realizar um torneio no meio do
ano para convencer os clubes europeus a jogar sua competição.
"Temos um contrato firmado
até 2006, mas, independentemente dele, estou seguro de que tanto
a Conmebol quanto a Uefa continuarão com sua disputa", escreveu Leoz, que já anteontem havia
falado à Folha sobre a continuidade do Mundial interclubes mesmo com a nova decisão da Fifa.
Joseph Blatter, presidente da
máxima entidade do futebol, disse que a decisão de anteontem
mostrou "solidariedade". Leoz
escreveu em sua carta a Johansson que a Conmebol e a Uefa são
"solidárias" e que já atuaram na
primeira edição do Mundial de
Clubes, em 2000, no Brasil.
"Não estamos dispostos a negociar nem a ampliar a nossa copa
européia e sul-americana", disse
Leoz, que estará na reunião do
Comitê Executivo da Fifa no dia
29 de março que ratificará ou não
o novo formato do Mundial.
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