São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2004

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MP descarta justificativa da FPF para preço

DA REPORTAGEM LOCAL

Em parecer emitido anteontem, a promotora Deborah Pierri, do Ministério Público de São Paulo, considerou insuficientes as razões apresentadas pela Federação Paulista de Futebol para justificar o preço dos ingressos no Paulista.
Além disso, Pierri diz que a atitude de vender ingressos a R$ 10 para a organizada Mancha Alviverde é "discriminatória" e convocou uma audiência com a FPF para a próxima quinta-feira, dia 26, para debater o tema.
"É uma espécie de manobra dizer que a arquibancada aumentou só R$ 5 e no resto os clubes colocam o preço que quiserem. Quase nenhum estádio em São Paulo tem "geral". No Morumbi, por exemplo, eles chamam de "arquibancada inferior".
No documento encaminhado ao Ministério Público, a FPF indica como razões para o aumento dos ingressos desde as obras exigidas pelo Estatuto do Torcedor até a atual crise do futebol brasileiro, passando pelo congelamento de preços por oito anos.
Além disso, Pierre diz não entender como a Mancha Alviverde tem direito a desconto e as outras pessoas não. "É discriminação. Se os integrantes da organizada podem, por que outros não?"
A promotora diz que, se não houver acordo na audiência, o Ministério Público entrará com uma ação civil pública contra a FPF e os clubes que tomaram essa decisão. O inquérito sobre o qual Pierri é responsável foi instaurado por meio de um pedido do vereador de Guaxupé (MG) e estudante de direito Jorge Batista Bento.


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