DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Por se recusar a atuar no time reserva, o atacante Dodô abandonou o treino de ontem à tarde e acentuou a crise do Santos, que hoje, às 20h30, enfrentará o Anapolina, na Vila Belmiro, pela Copa do Brasil. O clima já era tenso por causa da derrota por 5 a 0 para o Corinthians, no último domingo.
Além de Dodô, a goleada para o rival provocou mais uma vítima. O zagueiro Galván também perdeu a sua vaga no time, mas não reclamou e ficará no banco.
Outra mudança aconteceu no sistema tático. O técnico Geninho abandonou o 3-4-3 que havia introduzido no início da temporada para voltar a usar o 4-4-2.
Com as alterações promovidas pelo treinador, o zagueiro Jean, o volante Paulo Almeida e o atacante Rodrigão ganharam vagas na equipe. O meia Caíco será o substituto de Robert, que fraturou duas costelas e ficará pelo menos 20 dias afastado.
Artilheiro do time na temporada com 11 gols, Dodô se rebelou depois que Geninho distribuiu os coletes para os jogadores que iriam formar a equipe titular. Em seguida, questionou o técnico, disse que não aceitaria treinar entre os reservas e foi para o vestiário sem dar entrevistas.
No primeiro jogo contra o Anapolina, Dodô já havia reclamado ao ser substituído.
Geninho afirmou que o caso será entregue à diretoria. "Não fico explicando para o jogador porque o escalei ou porque o tirei. É claro que no caso de um jogador do nível do Dodô, eu iria dar uma satisfação após o treino, mas ele não quis participar no time de baixo e foi embora", disse o técnico.
Galván demonstrou mais calma. "Se eu reagisse do mesmo jeito, seria mais um problema. Reagi de outro jeito. Preferi fechar a boca. Ele (Geninho) tem suficiente comando para fazer o que quiser dentro do time", declarou. O zagueiro será multado, em valor não divulgado, devido à cabeçada que deu em Caio, no clássico.
Ontem, no treino pela manhã na Vila Belmiro, cerca de 20 torcedores hostilizaram os atletas.
O Santos venceu o primeiro jogo por 2 a 1 se se classificará para a segunda fase do torneio mesmo com uma derrota por 1 a 0. (FAUSTO SIQUEIRA)


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