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CPI da Câmara já tem
primeiro relatório
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CPI da CBF/Nike, instalada
na Câmara, divulgou ontem um
sub-relatório no qual sugere à
CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) que puna envolvidos na
falsificação de passaportes usados
por jogadores brasileiros que
competem na Europa.
Ainda que seja preliminar, esse
é o primeiro documento conclusivo divulgado pela CPI, que funciona há cinco meses.
A comissão pede a intervenção
em clubes e federações nos quais
"comprovadamente existirem
procedimentos de falsificação de
documentos de atletas".
A CPI também quer que a CBF
descredencie agentes de jogadores cuja participação na falsificação de documentos seja provada.
O sub-relatório não relaciona
quais clubes, federações e agentes
deveriam ser punidos.
No documento, preparado pelo
deputado Jurandil Juarez
(PMDB-AP), há um relato de depoimentos reunidos pela CPI sobre o assunto no Brasil e em viagens de congressistas ao exterior.
"Com estas investigações, a CPI
dá um passo importante no sentido de extirpar essa prática criminosa que depõe contra as glórias
do futebol brasileiro", afirma o
deputado em seu sub-relatório.
Devido ao uso de passaportes
falsos, jogadores brasileiros estão
sendo processados na Europa.
Os atletas utilizam passaportes
como se tivessem cidadania portuguesa e passam a atuar como jogadores originários de países da
Comunidade Econômica Européia. Os países europeus têm cotas para jogadores estrangeiros de
fora da comunidade. Atletas com
passaportes da Europa podem
obter melhores contratos.
Representantes da CPI da CBF/
Nike foram na última semana para a Europa. Eles discutiram a falsificação de passaportes e também a transferência de jogadores
menores de 18 anos.
Segundo o presidente da CPI,
Aldo Rebelo (PC do B-SP), foi encontrado um jogador que viajou
para a Bélgica com 16 anos, no
ano passado, esteve internado
com tuberculose e hoje atua em
um time amador.
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