São Paulo, domingo, 21 de abril de 2002

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Em três anos, fundo desiste de liga, TV e clubes

DO PAINEL FC
E DA REPORTAGEM LOCAL

Há exatos três anos, o fundo norte-americano Hicks, Muse, Tate & Furst desembarcou no Brasil trazido pela Traffic com dinheiro e vontade de investir no futebol brasileiro.
A idéia dos norte-americanos era formar uma liga própria, estabelecer parceria com clubes de todos os grandes centros do país e fazê-los jogar em uma rede de TV fechada, a PSN, de sua propriedade.
O Corinthians e, depois, o Cruzeiro eram os dois primeiros clubes. Mas o HMTF queria também o Rio -fez proposta ao Flamengo- e Porto Alegre -queria o Grêmio.
Mas a entrada da ISL, que arrematou Grêmio e Flamengo, e uma medida provisória editada pelo governo que restringia a participação de uma mesma empresa em clubes impediu a realização do projeto.
Hoje, o HMTF só pensa em minimizar os prejuízos que somou em sua aventura no país. No Cruzeiro, estima-se que o rombo chegou a R$ 50 milhões. No Corinthians, o valor beira os US$ 50 milhões. Só com a PSN na América Latina, o grupo perdeu US$ 700 milhões.
Após o fim do passe, a construção do estádio na Raposo Tavares, no qual o HMTF já investiu R$ 62 milhões, é a única saída para obter lucro. O fundo fechou parceria com a Brascan para erguer a arena e acredita que, explorando o estádio até 2029, conseguirá voltar aos EUA no azul. (FM e MR)



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