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Em três anos, fundo desiste de
liga, TV e clubes
DO PAINEL FC
E DA REPORTAGEM LOCAL
Há exatos três anos, o fundo
norte-americano Hicks, Muse,
Tate & Furst desembarcou no
Brasil trazido pela Traffic com
dinheiro e vontade de investir
no futebol brasileiro.
A idéia dos norte-americanos
era formar uma liga própria,
estabelecer parceria com clubes de todos os grandes centros
do país e fazê-los jogar em uma
rede de TV fechada, a PSN, de
sua propriedade.
O Corinthians e, depois, o
Cruzeiro eram os dois primeiros clubes. Mas o HMTF queria
também o Rio -fez proposta
ao Flamengo- e Porto Alegre
-queria o Grêmio.
Mas a entrada da ISL, que arrematou Grêmio e Flamengo, e
uma medida provisória editada pelo governo que restringia
a participação de uma mesma
empresa em clubes impediu a
realização do projeto.
Hoje, o HMTF só pensa em
minimizar os prejuízos que somou em sua aventura no país.
No Cruzeiro, estima-se que o
rombo chegou a R$ 50 milhões.
No Corinthians, o valor beira
os US$ 50 milhões. Só com a
PSN na América Latina, o grupo perdeu US$ 700 milhões.
Após o fim do passe, a construção do estádio na Raposo
Tavares, no qual o HMTF já investiu R$ 62 milhões, é a única
saída para obter lucro. O fundo
fechou parceria com a Brascan
para erguer a arena e acredita
que, explorando o estádio até
2029, conseguirá voltar aos
EUA no azul.
(FM e MR)
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