DA REPORTAGEM LOCAL

O empate de ontem caiu como derrota para o Corinthians. Os jogadores saíram do Pacaembu com a impressão de que o quarto cartão amarelo que receberam foi o "gol" da vitória do São Caetano.
Pela primeira vez, o critério esdrúxulo de desempate determinado pela Liga Rio São Paulo, causou não só descrédito como também indignação.
Carlos Alberto Parreira esbravejou contra Eduardo José Farah, presidente da liga.
"Só no Brasil acontece uma coisa dessas. Pode ter certeza que nenhum país do mundo vai copiar um absurdo desses. Que vou fazer? Matar, crucificar o Leandro. Não dá. O que aconteceu com ele fez parte da espontaneidade da partida. Tenho 90 minutos para ganhar a vaga na bola", disse o treinador, referindo-se à punição aos 44min do segundo tempo.
A "passividade" do técnico corintiano não foi copiado pelos seus jogadores. O próprio Leandro reclamou de sua atitude. Os líderes repreenderam o atacante com veemência. "Errei, mas só fui punido porque sou o Leandro. Ele deu cartão para o mais fraco. Outros fizeram a mesma coisa e saíram sem cartão", disse ele.
"Ele foi infeliz, imaturo. Todo mundo sabia do regulamento. Não dá para tomar cartão por causa de reclamação. É ridículo e pode nos atrapalhar muito agora", afirmou o lateral Rogério.
Ricardinho, outro que foi punido com cartão amarelo, reclamou do colega e do juiz. "Ele [Leandro] tomou um cartão bobo, mas o juiz não foi bem. No meu caso, por exemplo, eu não estava falando com ele", disse.
Apesar da irritação com o juiz, o Corinthians reconheceu a superioridade do São Caetano. Mas, segundo os corintianos, o fôlego também fez diferença.
"Não conseguimos tocar a bola. Estávamos cansados do jogo anterior, contra o Paraná. Não vai ser assim na semana que vem", disse Anderson.
Parreira foi mais taxativo. "Não jogamos porque não tocamos a bola. O resultado foi justo. No Morumbi, teoricamente, o jogo será melhor para nós. O campo é maior e eles vão estar mais cansados." O Corinthians joga quarta-feira, pela Copa do Brasil, contra o São Paulo. (MR)


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