São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 2002

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PERFIL

Xerife espanhol vive amor e ódio perto da despedida

DO ENVIADO A SEUL

Ao final da Copa, a seleção da Espanha verá a despedida de um atleta com quem tem uma relação de amor e ódio.
O zagueiro Fernando Hierro, 34, faz o que não se espera de um jogador da sua posição e falha muitas vezes quando tem que marcar, a sua obrigação.
Diferentemente do que ocorre com a maioria das equipes de futebol, o maior artilheiro da seleção espanhola é Hierro, que joga seu quarto Mundial.
Nos três anteriores, fez gols, mas não tirou a Espanha da lista de eternos perdedores -o máximo que conseguiu, foi ir às quartas-de-final, em 1994.
Criticado muitas vezes pela lentidão, o jogador do Real Madrid tem 29 gols pela Espanha, um a mais do que Raúl, seu companheiro de clube.
Com os dois de agora, alcançou Butragueño e Zarra, que, com cinco cada um, dividiam a artilharia espanhola em Copas. Hierro é ainda o defensor com mais gols por Mundiais.
Se novamente foi bem no ataque (dois gols de pênalti), Hierro também teve suas tradicionais falhas na marcação.
Nas oitavas-de-final, contra a Irlanda, fez o pênalti que deu o empate ao adversário no final, quando quase rasgou a camisa de um rival que observava a bola ainda longe da área.
Depois, na decisão por pênaltis, converteu o seu com a habitual categoria e ajudou seu país a não naufragar novamente de forma prematura.
"Dediquei tempo suficiente da minha vida à seleção. É hora de sair e ficar só com o Real Madrid", disse Hierro. (PC)


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