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São Paulo, sábado, 21 de junho de 2003

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OLIMPÍADA

Às vésperas do Pan, confederações recebem mais R$ 3,48 milhões

COB libera verba extra de Lei Piva

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com pouco mais de um mês para o início do Pan-Americano de Santo Domingo (República Dominicana), o COB anunciou um repasse de R$ 3,48 milhões para as confederações olímpicas.
A verba veio do excedente dos recursos do primeiro semestre obtidos via Lei Piva, que concede 2% da arrecadação das loterias da Caixa Econômica Federal ao esporte olímpico e paraolímpico.
"Fico feliz com esse aumento de arrecadação, pois ele será importante para viabilizar alguns projetos em curso nas confederações", afirma Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.
No começo do ano, o Comitê Olímpico Brasileiro havia feito uma previsão de quanto seria arrecadado ao longo do ano.
O total liberado para as confederações olímpicas seria de R$ 21 milhões neste ano. Porém, no primeiro semestre, houve um acréscimo na arrecadação das loterias.
Inicialmente, era previsto um valor mensal de R$ 3,5 milhões, mas a média subiu para R$ 4 milhões -parte da verba fica com o COB e 15% são destinados ao desporto escolar e universitário.
A diferença será depositada na conta das confederações a partir de 1º de julho. A divisão das verbas obedeceu aos critérios adotados pelo comitê, em janeiro.
Com isso, as cinco "grandes" confederações -atletismo, basquete, desportos aquáticos, vela e motor e vôlei- irão receber a maior quantia (R$ 232 mil para cada). Outros 22 esportes terão direito a verbas menores.
O dinheiro extra será empregado de diversas maneiras. Esportes que recebem um bom montante, como a vela, irão aprimorar projetos. "A verba servirá para a aquisição de barcos que reforçarão a infra-estrutura dos centros de treinamento no Brasil", diz Reinaldo Câmara, vice-presidente-executivo da federação de vela.
Confederações nanicas, porém, usarão esse dinheiro para viabilizar projetos essenciais. O pentatlo moderno, por exemplo, não iria mandar delegação ao Mundial de Pesaro (Itália), no mês que vem.
"Se não tivesse vindo essa verba, não poderíamos enviar a equipe brasileira, que foi campeã sul-americana", conta Heber Portella, presidente da confederação.
A entidade receberá uma das cotas mais baixas - R$ 58 mil-, mas pretende usar o resto desse recurso com outras competições.
"Mandaremos também atletas ao Pan de categorias de base, em novembro", completa o dirigente.


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