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OLIMPÍADA
Às vésperas do Pan, confederações recebem mais R$ 3,48 milhões
COB libera verba extra de Lei Piva
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com pouco mais de um mês para o início do Pan-Americano de
Santo Domingo (República Dominicana), o COB anunciou um
repasse de R$ 3,48 milhões para as
confederações olímpicas.
A verba veio do excedente dos
recursos do primeiro semestre
obtidos via Lei Piva, que concede
2% da arrecadação das loterias da
Caixa Econômica Federal ao esporte olímpico e paraolímpico.
"Fico feliz com esse aumento de
arrecadação, pois ele será importante para viabilizar alguns projetos em curso nas confederações",
afirma Carlos Arthur Nuzman,
presidente do COB.
No começo do ano, o Comitê
Olímpico Brasileiro havia feito
uma previsão de quanto seria arrecadado ao longo do ano.
O total liberado para as confederações olímpicas seria de R$ 21
milhões neste ano. Porém, no primeiro semestre, houve um acréscimo na arrecadação das loterias.
Inicialmente, era previsto um
valor mensal de R$ 3,5 milhões,
mas a média subiu para R$ 4 milhões -parte da verba fica com o
COB e 15% são destinados ao desporto escolar e universitário.
A diferença será depositada na
conta das confederações a partir
de 1º de julho. A divisão das verbas obedeceu aos critérios adotados pelo comitê, em janeiro.
Com isso, as cinco "grandes"
confederações -atletismo, basquete, desportos aquáticos, vela e
motor e vôlei- irão receber a
maior quantia (R$ 232 mil para
cada). Outros 22 esportes terão
direito a verbas menores.
O dinheiro extra será empregado de diversas maneiras. Esportes
que recebem um bom montante,
como a vela, irão aprimorar projetos. "A verba servirá para a aquisição de barcos que reforçarão a
infra-estrutura dos centros de
treinamento no Brasil", diz Reinaldo Câmara, vice-presidente-executivo da federação de vela.
Confederações nanicas, porém,
usarão esse dinheiro para viabilizar projetos essenciais. O pentatlo
moderno, por exemplo, não iria
mandar delegação ao Mundial de
Pesaro (Itália), no mês que vem.
"Se não tivesse vindo essa verba,
não poderíamos enviar a equipe
brasileira, que foi campeã sul-americana", conta Heber Portella,
presidente da confederação.
A entidade receberá uma das
cotas mais baixas - R$ 58 mil-,
mas pretende usar o resto desse
recurso com outras competições.
"Mandaremos também atletas
ao Pan de categorias de base, em
novembro", completa o dirigente.
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