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FUTEBOL
Presidente culpa árbitros por perda do Paulista
Palmeiras se julga
"operado" em torneio
da Reportagem Local
O Palmeiras deixou o Paulista-99
culpando as arbitragens pela sua
eliminação do torneio.
O presidente do clube, Mustafá
Contursi, declarou que o time foi
"operado" pelas arbitragens durante a competição e entrou em divergência com o presidente daFPF,
Eduardo José Farah.
Irritado com o desfecho do principal torneio organizado pela entidade, Farah afirmou que o Palmeiras teve responsabilidade direta na
pancadaria que encerrou a partida.
"A briga foi pura falta de comando do Palmeiras. Os clubes têm
que escolher. Com quem quer ganhar tudo, acontece isso aí", disse
Farah, que confirmou ontem a
multa de R$ 750 mil ao clube pela
escalação de um time reserva no
primeiro jogo da final.
Normalmente recluso, o presidente palmeirense esteve ontem
nos vestiários do time, onde rebateu Farah e se queixou de suposta
perseguição ao clube.
"Não sei se é algo que parte da federação, mas o fato é que, no Paulista, o Palmeiras vem sendo "operado" em todos os seus órgãos desde aquele jogo contra a Lusa (pela
segunda fase)", afirmou Contursi.
"A verdade é que, desde aquela
arbitragem do Castrilli (pelo Paulista-98, em que a árbitro argentino Javier Castrilli prejudicou a
Lusa em partida decisiva contra o
Corinthians), a gente tem que ficar com uma pulga atrás da orelha
com relação ao nosso adversário
de hoje (ontem)", alfinetou.
Sobre a declaração de Farah,
Contursi disse: "O Palmeiras está
sob o meu comando há sete anos, e
sempre encaramos as derrotas
com tranquilidade, sem perder o
controle. E esse comando se traduziu em meu apoio ao Farah e em
diversas outras conquistas, como a
da Copa-94 (Contursi chefiou a
delegação brasileira)".
Quem ficou mais irritado foi o
diretor de futebol palmeirense, Sebastião Lapolla. "Quero que ele fale pessoalmente, na minha cara,
que nós não temos comando."
Scolari engrossou as queixas palmeirenses em relação às arbitragens. "Alguns exageros aconteceram em relação ao Palmeiras. O
lance do Vampeta (uma entrada
violenta do volante corintiano na
primeira final) era para expulsão,
mas ele não foi expulso. Só que o
Cléber foi. A filosofia das arbitragens no Paulista foi: "Na dúvida,
nunca para o Palmeiras'", reclamou o treinador palmeirense.
O contrato de Scolari com o Palmeiras se encerrou ontem, mas deverá ser renovado em uma reunião
entre Contursi e o diretor da Parmalat para o clube, Paulo Angioni,
a ser realizada hoje ou amanhã.
O técnico desprezou propostas
mais vantajosas de clubes estrangeiros e se dispôs a continuar no
clube sem receber reajuste salarial.
Embora diga que ainda vai esperar uma resposta do Palmeiras,
Scolari não esconde que sua permanência é certa.
"Quero começar o trabalho com
eles zerados", disse, ao justificar os
quatro dias a mais de férias que
deu aos atletas.
(FV, FM, MS e RBu)
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