São Paulo, Segunda-feira, 21 de Junho de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Briga coroa "desorganização" do Paulista

da Reportagem Local

A briga generalizada entre os jogadores na final foi o fecho de um Campeonato Paulista marcado pela desorganização e, principalmente, pela manipulação da quantidade de público nos estádios.
Vários fatores serviram para tirar o brilho da competição. Alguns deles estiveram fora da competição. As campanhas do Corinthians e, especialmente, do Palmeiras na Copa do Brasil e na Taça Libertadores da América desviaram as atenções de duas das maiores torcidas do Estado.
Mas a maioria deveu-se mesmo à desorganização do Estadual. O primeiro sinal de fracasso aconteceu antes mesmo do seu início. Um dia antes, apenas 5.000 pessoas compareceram a um show gratuito da cantora Daniela Mercury no estádio do Pacaembu, na zona central de São Paulo, organizada pela FPF. Nem mesmo o sorteio de 20 carros novos conseguiu atrair um público maior.
Ao contrário dos últimos anos, este Estadual começou sem patrocinador. Para mostrar que sua competição atraía o interesse de empresas, o presidente da FPF, Eduardo José Farah, anunciou o patrocínio da Kaiser antes de fechar o acordo.
A cervejaria, que foi pega de surpresa pelo anúncio, só fechou o negócio 11 dias depois.
Iniciada a competição, Farah decidiu incluir os ingressos comprados pela Kaiser como público no estádio. Pressionado por jornais, que revelaram a farsa, passou a divulgar também o número de torcedores presentes e depois acabou com a primeira estratégia.
No final, a meta de público de 18 mil torcedores por jogo não foi atingida nem de longe.
Mas nem assim a polêmica acabou. Com a prioridade dada por Corinthians e Palmeiras a outras competições, esses times começaram a entrar em campo com times reservas. Farah, então, começou a ameaçar de multa (de até R$ 450 mil por jogo) as equipes que fizessem isso.
No final, teve que acatar a estratégia, exigindo apenas que as próprias equipes não dissessem que consideravam que estavam usando um ""misto".
Além de tudo, houve reclamações contra a arbitragem, especialmente da parte da Lusa, que viu ajuda ao Palmeiras.


Texto Anterior: Palmeiras culpa juízes no Paulista
Próximo Texto: Futebol: Seleção corta César Sampaio e Juninho
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.