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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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FUTEBOL

Dois únicos chutes a gol no primeiro tempo entram e asseguram a quarta vitória seguida ao time, que segue vice-líder

Preciso, São Paulo chega a 9 jogos invicto

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem contar, pela primeira vez na "era Rojas", com algum integrante do quarteto Ricardinho, Kaká, Reinaldo e Luis Fabiano, o São Paulo se utilizou da precisão em suas finalizações para bater ontem o Vitória, por 2 a 0.
O resultado levou a equipe aos 41 pontos no Brasileiro, o que o mantém na segunda posição.
Para fazer dois gols, o time paulista tentou apenas cinco vezes durante todo o jogo -teve sucesso em 40% dos arremates.
Dos 14 são-paulinos que atuaram (foram feitas três substituições), somente três deles tentaram fazer gols.
Fabiano (um chute) e Rico (três tentativas), os dois únicos a arriscar arremates em todo o primeiro tempo, foram os autores dos gols que deram à equipe seu quarto triunfo seguido no Brasileiro -está há nove jogos sem perder.
Além deles, apenas o meio-campista Marco Antonio chutou contra a meta do Vitória.
Para ter uma idéia da falta de "apetite ofensivo" do São Paulo no duelo de ontem, a média da equipe no Brasileiro era de 15,3 arremates por partida.
Para Rico, uma das explicações para a escassez de chutes foi a ausência de Luis Fabiano. O atacante, que estava suspenso, marcou mais gols (15) do que todos os seus companheiros que atuaram em Salvador (dez, já contabilizados os dois de ontem). "Com ele [Luis Fabiano] em campo, o nosso time tem encontrado ainda mais facilidade para marcar."
Rojas armou o São Paulo no esquema 3-5-2. A formação montada pelo chileno deixou o time do Morumbi com um meio-campo estritamente marcador. Adriano, Alexandre e Fábio Simplício faziam a proteção à defesa e davam liberdade para os laterais atacarem ao mesmo tempo.
Atrás, Jean e Júlio Santos ganharam a companhia de Lugano, que atuou como líbero.
O esquema se mostrou eficiente logo aos 6min da etapa inicial.
O time paulista construiu seu primeiro gol pelo lado direito, mas foi da esquerda que saiu a finalização. Fábio Simplício fez a bola cruzar toda a entrada da grande área, da direita para a esquerda, onde Fabiano estava livre. O lateral pegou de primeira: 1 a 0.
Até o São Paulo arriscar sua segunda finalização passaram-se 23 minutos de domínio total do Vitória, que, apesar disso, só levava perigo ao gol de Rogério nas cobranças de falta.
Somente aos 29min veio o segundo (e último) chute do time do Morumbi na etapa inicial.
Rico desvencilhou-se de seu marcador, driblou o defensor que tentou fazer a cobertura e tocou na saída do goleiro Juninho.
No segundo tempo, apesar das raras vezes em que esboçou um ataque, o São Paulo viu sua atuação "premiada" pela torcida do Vitória, que, irritada com a derrota em casa, gritou "olé" enquanto os são-paulinos tocavam a bola.
A precisão do São Paulo talvez tenha sido inspirada em seu próprio treinador. Antes de ir a Salvador, Rojas fez um prognóstico. Disse que seu time teria pouca criatividade, mas que talvez vencesse. Acertou em cheio.


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