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FUTEBOL
Dois únicos chutes a gol no primeiro tempo entram e asseguram a quarta vitória seguida ao time, que segue vice-líder
Preciso, São Paulo chega a 9 jogos invicto
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem contar, pela primeira vez
na "era Rojas", com algum integrante do quarteto Ricardinho,
Kaká, Reinaldo e Luis Fabiano, o
São Paulo se utilizou da precisão
em suas finalizações para bater
ontem o Vitória, por 2 a 0.
O resultado levou a equipe aos
41 pontos no Brasileiro, o que o
mantém na segunda posição.
Para fazer dois gols, o time paulista tentou apenas cinco vezes
durante todo o jogo -teve sucesso em 40% dos arremates.
Dos 14 são-paulinos que atuaram (foram feitas três substituições), somente três deles tentaram fazer gols.
Fabiano (um chute) e Rico (três
tentativas), os dois únicos a arriscar arremates em todo o primeiro
tempo, foram os autores dos gols
que deram à equipe seu quarto
triunfo seguido no Brasileiro
-está há nove jogos sem perder.
Além deles, apenas o meio-campista Marco Antonio chutou
contra a meta do Vitória.
Para ter uma idéia da falta de
"apetite ofensivo" do São Paulo
no duelo de ontem, a média da
equipe no Brasileiro era de 15,3
arremates por partida.
Para Rico, uma das explicações
para a escassez de chutes foi a ausência de Luis Fabiano. O atacante, que estava suspenso, marcou
mais gols (15) do que todos os
seus companheiros que atuaram
em Salvador (dez, já contabilizados os dois de ontem). "Com ele
[Luis Fabiano] em campo, o nosso time tem encontrado ainda
mais facilidade para marcar."
Rojas armou o São Paulo no esquema 3-5-2. A formação montada pelo chileno deixou o time do
Morumbi com um meio-campo
estritamente marcador. Adriano,
Alexandre e Fábio Simplício faziam a proteção à defesa e davam
liberdade para os laterais atacarem ao mesmo tempo.
Atrás, Jean e Júlio Santos ganharam a companhia de Lugano, que
atuou como líbero.
O esquema se mostrou eficiente
logo aos 6min da etapa inicial.
O time paulista construiu seu
primeiro gol pelo lado direito,
mas foi da esquerda que saiu a finalização. Fábio Simplício fez a
bola cruzar toda a entrada da
grande área, da direita para a esquerda, onde Fabiano estava livre.
O lateral pegou de primeira: 1 a 0.
Até o São Paulo arriscar sua segunda finalização passaram-se 23
minutos de domínio total do Vitória, que, apesar disso, só levava
perigo ao gol de Rogério nas cobranças de falta.
Somente aos 29min veio o segundo (e último) chute do time
do Morumbi na etapa inicial.
Rico desvencilhou-se de seu
marcador, driblou o defensor que
tentou fazer a cobertura e tocou
na saída do goleiro Juninho.
No segundo tempo, apesar das
raras vezes em que esboçou um
ataque, o São Paulo viu sua atuação "premiada" pela torcida do
Vitória, que, irritada com a derrota em casa, gritou "olé" enquanto
os são-paulinos tocavam a bola.
A precisão do São Paulo talvez
tenha sido inspirada em seu próprio treinador. Antes de ir a Salvador, Rojas fez um prognóstico.
Disse que seu time teria pouca
criatividade, mas que talvez vencesse. Acertou em cheio.
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