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BASQUETE
Seleção perdeu para rivais que tinha ganho em 97 e 98
Ausência na Olimpíada coloca em xeque renovação brasileira
da Reportagem Local
A campanha irregular no Pré-Olímpico das Américas, em Porto
Rico, está colocando em dúvida a
eficiência da renovação promovida pelo técnico Hélio Rubens na
seleção masculina de basquete.
Com duas vitórias e três derrotas até a noite de ontem, quando
enfrentaria o "Dream Team" (Time dos Sonhos) dos EUA, o Brasil, depois da vitória da Venezuela
sobre o Uruguai, ontem à tarde,
ficou oficialmente sem chances de
ir aos Jogos de Sydney (Austrália).
A seleção brasileira, após conquistar de forma invicta (seis vitórias) o Sul-Americano, no mês
passado, na Argentina, encheu-se
de otimismo para o Pré-Olímpico, que só oferece duas vagas para
a Olimpíada de Sydney-2000.
Porém, com os jogadores
atuando de forma irregular e em
boa parte das partidas sem empenho, vibração ou imaginação, a
equipe agora encara o fracasso.
Será apenas a segunda vez na
história que a seleção brasileira
não disputará uma Olimpíada
-a primeira foi em Montreal-76.
País de tradição no basquete, o
Brasil ganhou medalhas de bronze nas Olimpíadas de Londres-48,
Roma-60 e Tóquio-64. Além disso, nunca ficou fora de um Mundial -e já ganhou dois, em 59, no
Chile, e em 63, no Brasil.
Ao convocar a seleção há dois
meses, o técnico Hélio Rubens
afirmou que iniciava uma "renovação", um trabalho a longo prazo visando uma medalha olímpica em Atenas-2004.
Só que a atual seleção se mostrou pior do que a convocada pelo
mesmo Hélio Rubens para a Copa
América-97, no Uruguai, na qual
o Brasil foi terceiro (atrás apenas
de EUA e Porto Rico) e se classificou para o Mundial-98.
Naquele torneio, o primeiro de
peso após a aposentadoria do cestinha Oscar Schmidt da seleção, o
treinador deu o primeiro passo
em seu processo de renovação.
E o Brasil teve sucesso contra
Venezuela e Canadá. No Mundial-98, bateu Porto Rico.
Agora, essas mesmas três seleções derrotaram os brasileiros
neste Pré-Olímpico, o que indica
uma regressão da equipe, que
conta com a mesma base.
A seleção tem sete atletas (Demétrius, Rato, Caio, Sandro, Vanderley, Rogério e Josuel) que jogaram na Copa América e oito que
estiveram no Mundial (Demétrius, Rato, Helinho, Marcelinho,
Caio, Sandro, Rogério, Josuel).
Os novatos no grupo, o ala-pivô
Aylton Tesch, 24, e os pivôs Luis
Fernando, 21, e Michel, 20, pouco
jogaram -e quando entraram
não estiveram bem. O mesmo
grupo disputa o Pan-Americano,
a partir do dia 30.
(LUÍS CURRO)
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