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São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003

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FUTEBOL

Luta acirrada no pé da tabela mostra grandes times com risco de descenso no Nacional pelo segundo ano seguido

Rabeira de novo chacoalha o Brasileiro

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Se no topo da tabela do Campeonato Brasileiro o Cruzeiro ainda reina soberano, na parte de baixo a "disputa" pelas duas vagas do descenso é bem mais acirrada.
No primeiro Nacional de pontos corridos da história, dez times, a partir da segunda rodada, já estiveram na zona de rebaixamento, exatamente o dobro de equipes que ocuparam a liderança ou a vice-liderança até agora.
A diferença de pontos na área do desespero também é muito menor do que no topo. O Vasco, oitavo pior na classificação, tem nove pontos de vantagem sobre o lanterna Grêmio. No alto, o Cruzeiro abriu 13 pontos sobre o arqui-rival Atlético-MG, que se manteve no oitavo posto.
Quem está no bloco intermediário tem mais motivos para se preocupar com o rebaixamento do que sonhar com o título.
O Corinthians, que após o empate de ontem com o Vasco por 0 a 0 caiu para a décima posição, está a 14 pontos do Cruzeiro e a igual distância do Fluminense, que está na zona do descenso.
E, como aconteceu no ano passado, os candidatos ao descenso são alguns dos pesos pesados da bola no país. Das seis equipes mais ameaçadas, três foram campeãs nacionais -Bahia, Grêmio e Fluminense. O trio já teme pelo pior. No clube do Rio, o técnico Joel Santana diz não poder garantir a permanência na elite. Depois de ficar com Tite por mais de duas temporadas, o Grêmio já está no seu terceiro técnico no Nacional. No Bahia, a torcida, uma das mais fiéis do país, deu sinais de abandono e desapareceu dos estádios.
Ao contrário do time de Salvador, no entanto, jogar apenas para se safar do rebaixamento não é motivo para estádios vazios. Na 22ª posição depois da derrota de ontem para o São Paulo, o Fortaleza teve a melhor média de público caseira no primeiro turno, com mais de 20 mil pagantes por jogo.
No caso dos times mais tradicionais, o desespero também é um chamariz para as bilheterias. No último domingo, por exemplo, o Grêmio fez promoções, barateou ingressos e levou quase 30 mil torcedores ao estádio Olímpico na derrota para o Goiás.


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