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BASQUETE
Brasil vence e cogita entregar partida para fugir dos EUA
DO ENVIADO A ATENAS
A seleção feminina de basquete
já ligou o sinal de alerta: para conseguir uma boa colocação no pódio, vale até perder para a Austrália, amanhã, pela última rodada
da primeira fase do torneio.
Ontem, as brasileiras bateram a
Nigéria por 80 a 63 e ocupam a segunda posição da chave.
O objetivo é escapar do cruzamento com as norte-americanas
já em uma possível semifinal.
"Temos que jogar de acordo
com o regulamento. Se der para
ganhar da Austrália por 15 pontos
de diferença, tudo bem. Mas, se
for para vencer de menos, não é
vantagem, porque ficaríamos em
segundo lugar no grupo e pegaríamos os EUA antes da final",
aponta Janeth. "Mas isso depende
de decisão do treinador", completou a jogadora.
Se o Brasil vencer a Austrália,
haverá um tríplice empate na liderança da chave. Nesse caso, a definição do primeiro colocado será
feita pelo saldo de pontos do confronto direto entre Brasil, Austrália e Rússia.
Por enquanto, a Austrália tem
um saldo de 19 pontos (venceu a
Rússia por 75 a 56). Já o Brasil tem
um revés de dez pontos, após derrota para as russas por 77 a 67.
Se ficar em primeiro ou terceiro
lugar, o Brasil só pegaria os EUA
em uma hipotética final. Na segunda colocação, enfrentaria o temido time já na semifinal.
Para reverter o quadro, é necessário a seleção bater as australianas por 15 pontos, algo difícil.
"Se não der para vencer por 15
pontos, vamos ver o que fazer.
Mas não é bonito entregar o jogo", afirma Iziane, cestinha da
partida de ontem, com 26 pontos.
Oficialmente, o técnico Antonio
Carlos Barbosa não admite a alternativa. "Como é que eu vou pedir para minhas jogadoras perderem?", questiona o treinador.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)
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