São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 2006

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Brasil escorrega e pode perder Ibirapuera

DA REPORTAGEM LOCAL

Os problemas com as goteiras no Ibirapuera podem obrigar a organização do Mundial a passar por vexame inédito.
Segundo documento oficial da federação internacional, repassado às delegações e ao qual a Folha teve acesso, "o comitê técnico do campeonato decidiu que, se houver condições de jogo insatisfatórias ou perigosas, as partidas podem ser remarcadas e, se necessário, mudadas para local alternativo".
O texto foi elaborado após reunião de dirigentes da federação com Gerasime Bozikis, presidente da CBB, e Antônio Carlos Pereira, da Secretaria de Estado da Juventude.
A Fiba deu ultimato até as 12h de hoje para que a organização resolva os problemas.
Os reparos feitos anteontem na cúpula com sprays de borracha, que custaram R$ 174 mil aos cofres públicos, não evitaram vazamentos. Ontem, devido à chuva, houve goteiras em quatro pontos da quadra.
Durante Rússia x Espanha, houve dois incidentes. A primeira a cair foi a espanhola Laia Palau, que quase se machucou. A segunda foi a russa Tatiana Shchegoleva, que escorregou ao festejar uma cesta.
"Um Mundial não pode ocorrer em local sem proteção. É perigoso para as atletas e pode afetar o resultado. Basquete não é como futebol, que pode ocorrer sob chuva", criticou o técnico russo Igor Grudin.
Os voluntários se esforçavam para secar o piso nos intervalos. Mas haveria novas vítimas. No aquecimento para Brasil x República Tcheca, Mokrosova foi a primeira a desabar. Durante o jogo, foi a vez de Vesela.
Para o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, presente ontem no ginásio, o problema no Ibirapuera remete aos anos 70.
"Convivi com isso quando era presidente da Confederação Brasileira de Vôlei. É um problema de difícil solução", falou, ressaltando que o ginásio precisa se "atualizar".
Enquanto a modernização não vem, o problema pode se repetir hoje, nas semifinais. Está prevista chuva em São Paulo.
O problema ontem não foi só esse. O cronômetro falhou num lance do Brasil, parando nos 21 segundos. Já o marcador de tempo rodou sete segundos enquanto Adrianinha arrumava o tênis, antes do último ataque no primeiro tempo. E o Brasil teve só cinco segundos para fazer o lance. (ALF, EA E MB)


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