DA REPORTAGEM LOCAL

Gustavo Kuerten enfrenta hoje, por volta das 14h30, o norte-americano Brian Vahaly na estréia do Torneio de São Petersburgo.
A partida na Rússia marca o retorno do brasileiro ao carpete, superfície na qual viveu um de seus maiores reveses em uma temporada repleta de percalços.
Foi essa superfície rápida, na qual Guga nunca conquistou um título, que suecos, em fevereiro, e canadenses, no mês passado, escolheram para desafiar e derrotar o Brasil na Copa Davis e empurrar o país para a segunda divisão da competição entre países pela primeira vez desde 1996.
Principal tenista da equipe, Kuerten sofreu derrotas consideradas chaves para o rebaixamento. Na repescagem contra os canadenses, caiu diante de Daniel Nestor, um especialista em duplas que na época era somente o 488º do mundo em simples.
Nestor foi o jogador com pior ranking a superar o brasileiro após a primeira conquista em Roland Garros, em 1997.
Além de registrar mau retrospecto de Guga em 2003, a superfície exige explosão e velocidade, atributos que o próprio tenista afirma ter que aprimorar se quiser melhorar seus resultados na próxima temporada.
A situação física do brasileiro ganhou um agravante na semana passada. Após ser eliminado na estréia do Masters Series de Madri, ocasião na qual pediu atendimento para suavizar as dores na perna, o tenista passou por uma ressonância magnética e foi constatada tendinite (inflamação no tendão) no joelho direito.
O tratamento escolhido foi fortalecimento muscular, com trabalho na piscina. Guga, 27, chegou sábado a São Petersburgo e não reclamou do novo problema.
Se as condições para a volta ao carpete não são favoráveis, pelo menos o rival de hoje é bem inexperiente nesse tipo de quadra.
Brian Vahaly, 24, nunca disputou uma partida no carpete em um evento de primeira linha da ATP. O americano, 74º no ranking, começou bem a temporada (foi semifinalista em Memphis e chegou às quartas no Masters Series de Indian Wells), mas caiu de produção e acumula 14 derrotas na estréia em seus 22 torneios.
"Nunca joguei contra ele. Vai ser uma partida em que vou ter que, aos poucos, ir me encontrando em quadra e me acostumando com o jogo dele", disse Guga.
"Ele é bem sólido de fundo de quadra, tem uma esquerda melhor do que a direita, corre bastante e erra pouco", completou o brasileiro, que atua pela primeira vez na cidade russa.


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