da Reportagem Local

A perspectiva de obter cerca de R$ 50 milhões no início do próximo ano faz o Atlético-MG refutar qualquer plano de desmantelar a sua equipe na próxima temporada. ""Queremos manter o time e buscar reforços para a Taça Libertadores", afirmou Bebeto de Freitas, diretor executivo da equipe.
Na última sexta-feira, o clube mineiro assinou com o consórcio CIE/Octagon Koch Tavares um protocolo que poderá transformar-se numa parceria. O consórcio se comprometeu a adiantar de imediato R$ 20 milhões, que serão usados para saldar as dívidas do clube. Outros R$ 30 milhões serão gastos ao longo do próximo ano para reforçar o time.
A partir da assinatura do contrato, todas as receitas e despesas serão por conta da Atlético Licenciamentos, de cujas cotas o Atlético-MG ficará com 25%.
Contando todas as receitas, a nova empresa deverá faturar R$ 440 milhões nos próximos 15 anos, ou R$ 29 milhões/ano.
""Existe um prazo de 60 dias para os investidores concluírem uma auditoria nas contas do clube. Não nos preocupamos exclusivamente com a proposta financeira, mas com as idéias discutidas com o parceiro", disse Freitas.
O caso mais ""urgente" na equipe mineira refere-se ao meia Robert. O passe do atleta, cujo contrato acaba no final do mês, pertence ao Grêmio e está fixado em R$ 2 milhões. ""O Grêmio é um grande clube, mas a minha intenção é permanecer em Minas. O passe está bem baratinho, qualquer um pode comprar", disse.
O contrato do volante Belletti, que tem vínculo com o São Paulo, também se encerra no final do mês. Porém a equipe paulista não fixou o valor do passe do atleta no contrato de empréstimo para o Atlético-MG. ""A princípio, volto para o São Paulo", disse.
O zagueiro Galván, dono do próprio passe, afirmou ontem que tem a intenção de permanecer em Belo Horizonte no próximo ano. ""Meu empresário chega amanhã (hoje) ao Brasil para iniciar as negociações."
O técnico Humberto Ramos, que assumiu o comando da equipe no final da fase de classificação do Brasileiro, disse ontem que depois do torneio negociará com o clube a confecção de um contrato.
""Não volto a ser supervisor, minha intenção é continuar como técnico. Alguns empresários já me procuraram, mas quero ficar no Atlético-MG", disse. (AGz)


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