da Reportagem Local

Mesmo com a desistência do técnico Oswaldo de Oliveira de contar com o atacante Luizão na terceira partida da final do Brasileiro-99, a diretoria do Corinthians continuará tentando dar condições legais ao jogador para a partida de amanhã contra o Atlético-MG.
O curto intervalo entre as duas partidas, de apenas três dias, é apontado como o maior obstáculo para conseguir o efeito suspensivo no Tribunal de Justiça Desportiva, que está em recesso. Uma eventual sessão só aconteceria se três auditores comparecessem.
Ontem à tarde, houve uma reunião entre o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, José Roberto Guimarães, diretor de futebol do clube, e o advogado João Zanforlim.
"Não posso me pronunciar. O caso está com o presidente", afirmou Zanforlim.
Luizão foi expulso no minuto final da partida de anteontem contra os mineiros ao agredir o lateral Mancini, para tentar conseguir um efeito suspensivo e poder jogar amanhã. O artilheiro do time havia levado o quinto cartão amarelo e, se não tivesse forçado a expulsão, já estaria fora da final.
"Estamos fazendo de tudo pra ter o Luizão na quarta-feira (amanhã). Não é porque o prazo é curto que vamos desistir", declarou Carlos Nujud, diretor do Corinthians.
A mesma tática foi adotada pelo Vasco em 97, quando Edmundo forçou sua expulsão na primeira final com o Palmeiras.
Na oportunidade, o vascaíno entrou para disputar a primeira partida da decisão, no estádio do Morumbi, pendurado com dois cartões amarelos.
Acabou recebendo o terceiro cartão, que o deixaria fora do encontro decisivo.
Antes do final da partida, porém, Edmundo agrediu o zagueiro Cléber e foi expulso.
Dessa forma, o Vasco conseguiu reunir o tribunal da CBF para julgar o caso -o que não ocorreria se a suspensão fosse por cartões amarelos.
Em 20 de dezembro de 1997, um dia antes da final, o tribunal se reuniu na sede da CBF, no Rio, e Edmundo foi absolvido. Com o atacante em campo, os cariocas foram campeões.