da Reportagem Local

O carioca Victor Ribas tornou-se o brasileiro mais bem classificado na história do surfe ao ratificar ontem, durante a disputa da última etapa do WCT (World Championship Tour), no Havaí, pelo menos a posição de quarto melhor surfista do mundo no ranking final da temporada.
Até agora, a melhor posição final de um surfista brasileiro na ASP (Associação dos Surfistas Profissionais), desde que o Mundial passou a ser disputado, em 1976, era o quinto lugar de Fábio Gouveia, obtido em 1992.
O surfista carioca havia obtido a quarta colocação, provisória, durante a 12ª e penúltima etapa do Circuito Mundial de surfe, disputada em outubro, na praia da Barra da Tijuca, no Rio.
Na oportunidade, Ribas passou da 11ª posição no ranking para a quarta colocação.
Segundo os cálculos realizados pela Abrasp (Associação Brasileira de Surfe Profissional), Ribas confirmou ontem a inédita colocação brasileira no ranking final ao passar para as quartas-de-final da competição, superando Conan Hayes.
Com o resultado, o havaiano, que precisava somar pontos para permanecer na divisão de elite do surfe mundial, foi excluído do grupo de 44 surfistas que disputarão o WCT em 2000.
O brasileiro foi eliminado ontem da competição ao ser derrotado pelo o norte-americano Kelly Slater em bateria que serviu como quarta-de-final da competição. Àquela altura, caso tivesse superado o hexacampeão e recordista de vitórias em Pipeline (quatro) Slater, terminaria o ano na segunda colocação no ranking mundial.
O título do WCT foi conquistado antecipadamente pelo australiano Mark Occhilupo, no Rio.
A performance de Ribas em Pipeline neste ano contrasta com sua péssima participação na competição do ano passado, quando, em sua bateria, saiu do mar sem surfar uma só onda.
No ano passado, amargou a 37ª colocação na classificação da ASP.
Este ano, porém, obteve importantes colocações para somar pontos para o ranking mundial.
Foi vice-campeão da etapa do WCT das Ilhas Fiji, perdendo para Occhilupo.
Também foi semifinalista nas etapas da Califórnia e do Rio.
Outro brasileiro que ontem ainda participava da competição era o surfista paraibano Fábio Gouveia, que perdeu para o havaiano Sunny Garcia, único que ainda poderia ultrapassar Ribas na classificação final.
Ontem, as baterias das oitavas-de-final do Pipe Masters colocou frente a frente os seguintes competidores: Slater bateu o compatriota Rob Machado, para fazer a primeira quarta-de-final contra o brasileiro Ribas, que eliminou o havaiano Hayes.
Na terceira bateria, o australiano Beau Emerton superou o norte-americano Brian Hewitson.
Na bateria seguinte, Mark Occhilupo, da Austrália, venceu o norte-americano C. J. Hobgood.
Emerton e Occhilupo disputariam a segunda quarta-de-final.
Nos dois confrontos seguintes, o australiano Matt Hoy derrotou Tamayo Perry, do Havaí, e Shane Wehner, da Austrália, venceu o norte-americano Shea Lopez.
Hoy confronta Wehner, em outra quarta-de-final.
A oitava bateria seria formada pelo australiano Michael Lowe e Andy Irons, do Havaí, mas seu duelo não havia sido encerrado até o fechamento desta edição.
O vencedor enfrentaria o local Sunny Garcia.


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