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CORTADA
Psicologia aplicada
CIDA SANTOS
Na Superliga, a novidade vem
do Olympikus: o time está trabalhando com uma psicóloga. Já foram feitas duas avaliações com
os atletas. O objetivo é traçar um
perfil da equipe e dos jogadores.
Com as informações, o técnico
Renan pode aproveitar melhor
as características de cada um.
Um exemplo: como um jogador
suporta o seu erro? Tem alguns
que sofrem muito com as próprias falhas e acabam caindo de
rendimento depois de erros seguidos. Já outros não se abatem.
Ao contrário, chegam até a ficar
mais estimulados para acertar a
bola seguinte.
Com esses dados, o técnico tem
condições de avaliar melhor que
tipo de substituição pode fazer
em determinados momentos das
partidas.
As informações também podem ajudar a orientar o levantador. Se o atacante, por exemplo, é
daqueles que se abatem, não é
bom repetir uma bola para ele
depois de um erro.
Através das avaliações, feitas
pela psicóloga Paula Almeida, é
possível conhecer características
que ajudam no rendimento do
time e no relacionamento entre
técnico e jogador. Como é, por
exemplo, o comportamento do
atleta em uma situação de pressão? Uns são movidos a broncas,
outros, a elogios...
Renan, que pela primeira vez
trabalha com psicólogo, diz que
está surpreso com os resultados
alcançados. Comparando o vôlei
da época em que era jogador com
o de agora, ele diz que o esporte,
no Brasil, evoluiu tecnicamente e
deu um salto enorme fisicamente. Mas na parte tática e na psicológica ainda deixa muito a desejar.
Ele tem razão. No país, o trabalho psicológico é ainda pouco
usado pelos técnicos. No futebol,
Wanderley Luxemburgo inovou
levando uma psicóloga para a seleção brasileira. Na Superliga
masculina, pelo menos mais
duas outras equipes já trabalham com psicólogos: a Ulbra e o
Unincor. Um bom começo.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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