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BASQUETE
Ourinhos pega São Caetano em final e é favorito para repetir conquista
Nacional feminino pode ter 1º bi
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez, o Nacional feminino de basquete pode coroar
um bicampeão. Favorito ao título,
o Ourinhos recebe o São Caetano
hoje no ginásio Monstrinho, às
16h, no primeiro duelo decisivo.
A equipe do interior não perde
jogos oficiais no país desde janeiro de 2005. A invencibilidade chega a 45 duelos. Agora, pode acumular outra façanha a essa marca.
Desde que surgiu, em 1998, nenhuma equipe manteve a hegemonia no Nacional por dois anos
seguidos. Em Brasileiros de basquete, tal fato não ocorre desde o
bicampeonato da Ponte Preta, na
antiga Taça Brasil, em 1994/95.
Com o patrocínio da Nossa Caixa, Paula e Hortência atuaram
juntas num clube pela primeira
vez em Campinas. Mas nem
aquele time obteve domínio tão
amplo como o de Ourinhos.
Com a transferência de Paula
para a Unimep, a Ponte cansou de
ser surrada em finais. Com vitórias sobre a rival, a Unimep ganhou o Troféu Imprensa, os Jogos
Regionais, os Jogos Abertos e o
Paulista, em 1994. Em compensação, perdeu na Taça Brasil e no
Mundial de Clubes (não-oficial).
"Era um time muito forte. Ficamos vários jogos sem perder. Foi
a partir daí que tivemos o ranking", lembra Maria Helena Cardoso, técnica da Ponte na época,
referindo-se à classificação feita
pela federação paulista para evitar
que outro supertime se formasse.
Os tempos são outros. Hoje, a
maioria das selecionáveis atua na
Europa. Das 12 atletas que defenderam o Brasil nos Jogos de Atenas-04, restam só duas no país: a
armadora Vivian e a ala Sílvia
Gustavo, ambas do São Caetano.
Sinal que o favoritismo pende
para o time do ABC? O técnico
Norberto da Silva, o Borracha, do
São Caetano, é o primeiro a desmentir. "O Ourinhos conta com
as principais atletas do país. A Lisdeivi [pivô cubana], a Micaela e a
Ega estão acima das outras."
Borracha irá apelar para a superação para tentar o improvável. A
vitória do Ourinhos é considerada tão barbada que a CBB marcou
só os três primeiros jogos da série
final melhor de cinco.
"Nosso time cresceu com as dificuldades", aponta Borracha.
Foi assim que o São Caetano inverteu placar adverso em casa e
fechou a série com o Sport, no Recife (3 a 1). No primeiro jogo em
PE, Sílvia Gustavo não passou
bem e foi parar no hospital. Após
o jogo de quarta, que garantiu a
vaga do São Caetano, foi a fez de
Vivan ter crise de hipoglicemia.
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